domingo, 27 de dezembro de 2009

Vinho Novo em Odre Novo


"Ninguém põe vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho romperá os odres; e tanto se perde o vinho como os odres. Mas põe-se vinho novo em odres novos". (Mc. 2.22)

Dentro do bloco de versículos de 18 a 22 do capítulo 2 de Marcos, Jesus está ensinando que o Evangelho rompe estruturas, o evangelho traz novidades e com elas um novo tempo, uma nova conduta.
Depois de responder com relação ao jejum, Jesus agora, completa sua resposta com duas alusões que explicam o mesmo sentido, a mesma coisa.
Os fariseus que estavam ali indagando Jesus já tinham uma religião estruturada, tinham seus “costumes” e “tradições”. Além disso, já estavam bem habituados a ter uma pratica religiosa estereotipada e firmada na “tradição dos anciãos” (Mc 7.5). Mas a Boa Notícia, o Evangelho não cabe dentro dessas estruturas que normalmente são casuístas e completamente voltadas para vontade de alguns.
Mas além de falar sobre as novidades do evangelho trazidas por Jesus, este que é o rosto de Deus na terra, que não cabiam dentro da estrutura religiosa judaica e não cabe dentro das estruturas religiosas de nosso tempo. Pretendo não falar de religião, mas de espiritualidade. Não tenho a pretensão de analisar aqui as circunstâncias religiosas contemporâneas em contraponto com o vinho novo trazido por Cristo. Mas quero observar alguns detalhes desse texto à luz do íntimo daqueles que se relacionam com Cristo e com seu Evangelho, a Boa Nova trazida por ele.
Observar esse texto do vinho novo, deve nos fazer pensar que há mais coisas a serem ponderadas para além da religiosidade, afinal, esse vinho novo deve adentrar em nosso ser, em nossa mente, em nosso coração, a nossa casa, ao nosso Odre.
Odre pode ser entendido um pequeno compartimento feito de couro. Com o passar do tempo, o vinho ali depositado vai fermentando e tomando forma alcoólica ao mesmo tempo em que fica mais suave, mas leve, mais doce! O odre nesse tempo fica mais largo, devido o gás da fermentação, chegando ao seu limite. O vinho novo traria uma nova fermentação e novo enchimento que o odre não agüentaria, eis à hora do novo odre.
Ao olhar a vida cristã, na perspectiva de Cristo, vamos perceber que esta é uma vida dinâmica, uma vida em desenvolvimento, uma vida no caminho, uma vida caminhando. É perceptível que sempre estaremos em mudança enquanto caminhamos com Cristo, estamos ao lado de Cristo. A vida com Cristo é um relacionamento em que sempre estaremos recebendo coisas novas, ensinamentos novos, ele sempre estará nos enchendo com o Vinho Novo, de sua vida, santidade, salvação, libertação etc. A vida Cristã, a vida com Cristo é uma vida de intensas mudanças.
Mudança é algo que sempre temos receio e muita, muita desconfiança. Afinal, assim como o vinho velho no odre vai se acomodando ganhando espaço, e vida cristã às vezes se acomoda com determinadas situações às quais ficamos tranqüilos e confortáveis. Mas mudança em nossa vida é algo necessário! Até que chegue o novo, dificilmente perceberemos que está velho! Até que tenhamos algo para trocar na gaveta, não mexemos nela, a não ser para juntar tranqueiras!
Nos encontros com Cristo, sempre teremos vinho novo derramado em nossas vidas! Sempre teremos coisas velhas para tirar do lugar, para então receber algo novo da parte de Cristo, nem sempre estamos preparados, e aí é que vem a bênção da parte dele, quando não estamos preparados Ele mesmo troca o Odre. Quando não temos forças para receber o novo, aceitar, entender, aplicar, mas nos deixamos ser renovados por Deus, é nessa hora que o Espírito Santo, nos capacita, nos renova nos restaura. Faz em nós algo novo, trata nosso caráter para a mudança, trabalha em nossa mente para o novo jeito de ser, prepara nosso coração para novos sentimentos, nesse ínterim é nos dado um novo Odre para um vinho Novo!
Todos aqueles que quiseram andar com Cristo, conhecê-lo melhor, deixá-lo ser Senhor de suas vidas, tiveram suas vidas moldadas o tempo todo, pela presença de Cristo em seu SER! O vinho novo sempre é derramado sobre nós quando nos encontramos com Cristo, quando o sentimos falar, continuar do mesmo jeito, com os RECIPIENTES Velhos, como diz o Pr. Ariovaldo Ramos: “É sempre tomar banho e não trocar de roupa!”
Basicamente esse caminhar com Cristo vai trabalhar, ou, vai renovar quatro áreas de nossas vidas:
1. Sempre há um vinho novo para nosso Caráter
a. Inclui: Temperamento, Personalidade
2. Sempre há um vinho novo para nossos Sentimentos
a. Amor, Inveja, Ciúmes etc.
3. Sempre há um vinho novo para nossa vida Espiritual
a. Sensibilidade, Crença na oração, adoração espontânea
4. Sempre há um vinho novo para nossa vida Ministerial
a. Recebimento de Dons, tratados para um serviço específico, desafios.
Sempre há vinho novo disponível para aqueles que querem ir além, no seu caminhar com Cristo. A vida cristã ao contrário do que dizem, não é nada estagnada, é completamente dinâmica.

Que Deus nos ajude nessa caminhada...
Joaze Lima, Pr.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Jejum!

Desta vez gostaria de propor algo diferente. Não irei discorrer, não irei ensinar, não irei afirmar. Somente colocarei 3 pequenas pericopes, espero que estas os faça pensar, analisar, clarear os pensamentos com relação a esta prática do Jejum. Apenas, Leia! Observe os grifos que colocarei montando assim a continuidade de um pensamento!
Que Deus nos de graça e iluminação!

1 - "Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós"

2 - "O jejum

A respeito disso, falou-lhes ainda, "Com que finalidade jejuais para mim", diz o Senhor, "como se ouve hoje aos gritos a vossa voz? Não é esse jejum que escolhi", diz o Senhor, "não o homem que humilha a si mesmo. Nem quando dobrais vosso pescoço como um círculo, nem quando vos cobris de pano de saco e cinza, não chameis isso de jejum agradável." Para nós, porém, ele diz: "Eis o jejum que eu escolhi", diz o Senhor: "Desata todas as amarras da injustiça; desfaz as cordas dos contratos iníquos; envia os oprimidos em liberdade; rasga toda escritura injusta; reparte teu pão com os famintos; se vês alguém nu, veste-o; conduz para a tua casa os desabrigados; se vês algum pobre, não o desprezes; não te afastes dos membros de tua família. Então tua luz romperá pela manhã, tuas vestes rapidamente resplandecerão, a justiça irá à tua frente e a glória de Deus te envolverá. Então outra vez gritarás, e Deus te ouvirá. Ao falar, ele te dirá: Eis-me aqui! Isso, se renunciares a tecer amarras, a levantar a mão, a murmurar, e se deres de coração o teu pão ao faminto e tiveres compaixão da pessoa necessitada." Por isso, irmãos, o paciente (Deus), prevendo que o povo, que ele preparou através do seu Amado, acreditaria com simplicidade, nos antecipou todas essas coisas, para que nós, como prosélitos, não nos arrebentássemos contra a lei deles."

3 - "Responsabilidade do homem

Precisamos, portanto, multiplicar nossos agradeci mentos ao Senhor, porque ele nos fez conhecer as coisas passadas, tornou-nos sábios no presente e não estamos sem inteligência para as coisas futuras. A Escritura diz: "Não se estendem injustamente as redes para os pássaros." Isso quer dizer que, com razão, se perderá o homem que, tendo conhecimento do caminho da justiça, toma entretanto o caminho das trevas.


1*- Evang. João 20.21
2*- Epístola de Barnabé - Cap. 1
3*- Epístola de Barnabé - Cap. 2

Vós que Conheceis o caminho da Justiça, Andeis como tal!
Deus abençoe,
Joaze Lima, Pr.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Brasil: Ordem e progresso


" A inveja é o simbolo da Incapacidade."

- Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.
Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;
Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;
Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade. ..
Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária.
É coisa de gente otária.
- Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.

Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo , ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai.
Brasileiro tem um sério problema.
Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

- Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.

Brasileiro é vagabundo por excelência.
O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.
- Brasileiro é um povo honesto. Mentira.

Já foi; hoje é uma qualidade em baixa.
Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso.
Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.


- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira.

Já foi.
Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da
Guerra do Paraguai ali se instalaram.
Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime.
Hoje a realidade é diferente.
Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.
Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas.
Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

- O Brasil é um pais democrático. Mentira.

Num país democrático a vontade da maioria é Lei.
A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.
Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia.
Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.
Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores).
Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.

Democracia isso? Pense !

O famoso jeitinho brasileiro.
Na minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.
Brasileiro se acha malandro, muito esperto.
Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.
No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí?
Afinal somos penta campeões do mundo né?? ?
Grande coisa...

O Brasil é o país do futuro. Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos.
Dessa vergonha eles se safaram...
Brasil, o país do futuro !?
Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

Deus é brasileiro.
Puxa, essa eu não vou nem comentar...

O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.
Para finalizar tiro minha conclusão:


O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente.
Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta.
Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.
Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!

Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim!!
Por Arnaldo Jabor

deus deve ser brasileiro, afinal, neste último escândalo aparece "àqueles" do congresso fazendo uma oraçãozinha no final mais um pagamento de propina para agradecer. Que deus é esse? NÃO SEI, mas com certeza não é o Deus-Jeová!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Como???


Como olhar aquilo que não está aparente?
Como ouvir aquilo que não foi dito?
Como sentir aquilo que não foi demonstrado?
Como saber o que não pode ser conhecido?
Como ter aquilo que não sei?

É estranho como a fé pode nos mostrar uma realidade desconhecida, e o sentimento, a palavra, o grito, a angústia, a alegria... tudo dentro da Fé, nos leva a uma pergunta: COMO?
Nos relatos bíblicos, e diga-se de passagem - nada heróicos - tiveram homens que iam para a guerra e colocavam os cantores a linha de frente da batalha, pois estes iam para a batalha louvando e adorando o Senhor dos Exércitos... Como? Como olhar um batalhão à sua frente e ter dentro de si uma verdade que o faça louvar nesse momento?
Houve também uma mulher que de tanto se abrir na presença de Deus, foi achava como embriagada; esta com a idade avançada continua crendo pedindo e já dedica seu provável filho a Deus... Como? Como ver a realidade de seu corpo e ainda crer que pode gerar vida?
Um outro houve o burburim de novidades na cidade dele, fica sabendo que é o Filho do Homem, e mesmo sem entender o que isto significa em sua totalidade, Crê, Clama, Pede... Como? Como alguém excluído pelos seus, consegue chamar outro que está rodeado de pessoas importantes, tem coragem e determinação para clamar?

Há alguns dias escrevi um texto dizendo que não estamos preparados para as realidades que nos cercam, e continuo dizendo, NÃO ESTAMOS! Hoje encarei uma realidade que não esperava, enquanto meu coração e minha mente automaticamente tenderam a desfalecer, algo dentro de mim gritava pelo desejo de transcender aquela circunstância, ou seja, minha realidade me colocava em uma situação e atestava como justificável o desfalecer, a tristeza, as lágrimas. Mas algo dentro de mim, desejava transcender, romper, olhar por cima, crer, ter fé! E ai, lá vem o COMO?

Não tive resposta. Não sei Como, não sei porque, não tem resposta!
Até tirei a pedra, mas o morto não ressuscitou. Comprei os pães, mas era muita gente! Arrumei o barquinho, mas a chuva era muito forte!
Prossigo então para o alvo, continuarei dizendo: Louvado seja o Senhor DEUS, seja pela vida, seja pela morte! Continuarei fazendo minha parte, buscando o melhor, e esperando nele! TUDO PRA GLÓRIA DELE.... COMO? Não sei!

Quando penso nestas coisas consigo entender o que é na prática: Viver nossa Fé!
Gostaria de terminar lembrando uma frase do R. Tagore: Se de noite chorares pelo sol, não verás as estrelas.
Como?? Não sei!
Quero continuar vendo DEUS, por mais escura que seja a noite!
Quero continuar crendo, por mais extenso que seja o mar!

SOLI DEO GLORIA,
Joaze Lima, Pr.

sábado, 14 de novembro de 2009

E quem disse que Sabemos?

O brilho da relação com o Pai das Luzes, particularmente, consiste no raiar inovador de cada amanhecer...
Ao nossos olhos parece mais um amanhecer, mas quem disse que sabemos apreciá-lo? cada amanhecer é único e novo!
Nessa dinâmica vai-se a vida em relacionamento com Deus; cada olhar atento pode perceber algo novo, em cada gesto pensado sentimos algo diferente, em cada palavra ouvida, mesmo que seja a mesma pode ser recebida como nunca o foi...
Que bom que meu Deus não está previsto e predeterminado nas páginas de uma Teologia Sistemática, que bom que suas palavras são vivas, novas, contemporâneas e pessoais (as vezes).
Que bom que a cada olhar atento para a vida, a beleza que irrompe do olhar com fé, é sempre nova e inovadora, de esperança e acolhedora.
Que bom que não posso determinar meu dia de amanhã, conheço Deus hoje! Entendo-o Agora, desfruto já (com certas limitações) Mas quando sou levado a pensar que o conheço e posso decifrá-lo... Ao novo me toma, e sou obrigado a concordar: E quem disse que Sabemos?
É, vou ter que concordar com o filósofo!!
Penso, Logo Desisto!

"Quando o Espírito não teme, a fronte não se curva" R. Tagore

Deus Abençoe,
Joaze Lima, Pr.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Muçulmanos? Outra vez não!

Já achei!!! Leiam, pensem, reproduzam... frutifiquem....


Muçulmanos? Outra vez não!

Pr. Eli Fernandes de Oliveira


Estive, dias atrás, na Turquia, acompanhado do Pr Walmir Vargas,
Ministro de Educação Cristã da LIBER. Em Istambul, unimo-nos a uma
caravana de 45 membros da Igreja Palavra Viva, liderada por seu pastor e
meu querido amigo, Lamartine Posella, conhecido líder evangélico no
Brasil. Visitamos as cidades das sete igrejas do Apocalipse, depois do
que voltamos para o Brasil em vôo da Turkiesh Airlines, Istambul/São
Paulo, com escala em Dakar, capital do Senegal. Assentou-me ao meu lado
um jovem universitário senegalês, muçulmano, El Hadí, com 26 anos, muito
educado. Orei ao Senhor e, percebendo que ele falava também inglês,
abordei-o acerca de Jesus. El Hadí ouviu-me atentamente, também
formulou algumas perguntas interessantes, e até aceitou orar comigo,
erguendo suas mãos como eu, repetindo as palavras à medida em que eu
orava. Pedi que Jesus Cristo entrasse no seu coração e o ajudasse em sua
compreensão espiritual.


Qual não foi minha surpresa quando um homem barbudo, de sorriso
estranho, maldoso, com veste e turbante brancos, veio à nossa poltrona,
dizendo que ouvira nossa conversa. Dirigindo-se ao jovem senegalês,
perguntou-lhe: “Por que você, muçulmano, está ouvindo as palavras
desse cristão que o quer converter? Você é quem deveria lhe falar de
Maomé”. Aquele lugar foi tomado de uma forte opressão. A cada palavra
que eu ministrava sobre Jesus, o único Senhor e Salvador, aquele homem
desprezava-O, ressaltando o nome de Maomé, sempre em tom arrogante e
agressivo. Quando lhe perguntei se desceria no Senegal, disse-me que
estava indo para São Paulo. Mostrou-me umas anotações, nas quais estava
escrito: Santo Amaro, de 9 a 11. Ainda falou-me o que aconteceria no
bairro de Santo Amaro: um encontro de líderes muçulmanos de todo o
mundo, para planejar a conversão da América do Sul para o islamismo.
“O Brasil será de Maomé em breve, a Europa também logo será
muçulmana”. “O cristianismo está para se acabar e o mundo será
islâmico”. E repetiu: “Maomé é o Profeta de Deus! Noé, Abraão,
Moisés e Jesus foram profetas, mas Maomé é o maior, o último e o mais
importante”.


Enquanto o enfrentava, os evangélicos no avião davam-me cobertura
espirirtual, percebendo a luta e orando com fervor. Deus concedeu-me,
por seu poder, a firmeza e a autoridade espiritual para encarar aquele
agente de satanás. Após reafirmar-lhe que, um dia, diante de Jesus. “
todo joelho se dobrará e toda lingua confessará que Jesus é o Senhor,
para a Glória de Deus Pai” e de assegurar que Jesus “é o único
caminho, verdade e vida, e que ninguém vai ao Pai, senão por Ele”,
encerrei aquela tensa conversa, ordenando-lhe que se afastasse. Aquele
homem bateu em retirada diante da autoridade com que Deus me investira
para o enfrentamento firme, e por minha inabalável convicção acerca de
Jesus,


Assentado com meu amigo e colega Lamartine, e em espírito de oração,
resolvemos que, ao chegar a São Paulo, quando fôssemos retirar nossas
bagagens, abordaríamos aquele líder muçulmano, declarando-lhe que o
Brasil é de Jesus Cristo! E que Deus fecharia as portas para a ação
evangelizadora muçulmana em nosso país.


Ontem, dia 06, tive a oportunidade de pregar na PIB de São Paulo, pela
manhã, na reunião dos pastores das igrejas batistas do centro, na qual
também estavam presentes 4 obreiros da Missão junto aos árabes. Ali
tomei conhecimento da magnitude do Congresso Islâmico e da presença
maciça de líderes de vários países do mundo, nos dias 9 a 12 de
outubro. O quadro ficou completo: Entendi que Deus nos permitiu o
enfrentamento do lider muçulmano, fanático, naquele vôo, a fim de que
nós cristãos obtivéssemos dele mesmo as informações privilegiadas da
mega operação que vai acontecer em Santo Amaro, um verdadeiro circo
armado para discutir estratégias e liberar muito petrodólar, de forma a,
segundo ele, converter o Brasil e o mundo à fé islâmica. Não fosse
assim, dificilmente saberíamos de tudo, com tanta antecipação.


Mas, agora, o que fazer? O que Deus quer de nós? Sei que podemos
subestimar o poder do inimigo usando chavões inconsequentes,
corriqueiros! Volto às circunstâncias em que se deu aquele episódio: A
ira do kuaitiano ao me ouvir evangelizando um muçulmano senegalês
durante o vôo de regresso ao Brasil. A Bíblia dá-nos conta de que os
crentes daquelas sete igrejas se descuidaram, um dia, do padrão do
Senhor, não deram ouvido às advertências a elas dirigidas pelo Cristo
ressurreto, e foram derrotados, banidas totalmente! E hoje, 99% dos
moradores daquele país, a Turquia, são muçulmanos! Deu para entender? Lá
fomos derrotados mesmo!


À vista destes acontecimentos, quero conclamá-los a que nos unamos,
neste momento, em fervorosas orações. Apelo-lhes a que reconheçam as
razões pelas quais o cristianismo foi derrotado nas 7 igrejas.
Arrependamo-nos e voltemos a uma vida de santidade e de compromisso
única e absolutamente com Jesus, com as Escrituras e com Sua Igreja,
para que a derrota não se repita mais! O recado do Apocalipse continua
sendo o mesmo para nós, hoje: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito
diz às igrejas”!


Fomos derrotados quando perdemos o primeiro amor (Ap 2.4); quando não
fomos fieis até a morte (Ap 2.10); quando permitimos heresias em nosso
meio (Ap 2.14,15); quando deixamos de ser como Jesus (Ap.2.20); quando
matamos nossa vida espiritual (Ap. 3.1); quando não retivemos as bênçãos
recebidas (Ap. 3.11); quando nos permitimos permanecer sob o jugo de
dois senhores (Ap.3.15,16).


O muçulmano El Hadí desceu em Dakar, deixando-me seus telefones,
e-mail, facebook e orkut, pedindo que eu não me esquecesse dele, e
convidou-me a ir ao Senegal, hospedando-me em sua casa.


O fanático e agressivo Kuaitiano está agora aqui em São Paulo,
ultimando os preparativos para a sua ofensiva islâmica, com outras
centenas de lideres do mundo, para converter o Brasil e a América do Sul
a Maomé.



Lá, na Turquia, terra do apóstolo Paulo e onde foi pastor, em Éfeso por
cerca de dois anos e meio, onde João também exerceu profícuo pastorado
– é repetido constantemente pelos guias turísticos que quando João
chegou em Filadélfia a cidade inteira se converteu – , onde também
Policarpo foi pastor na Igreja de Esmirna. Sim, lá na Turquia eles
mataram nossos profetas, nossos homens de Deus e nos expulsaram
violentamente daquele País. Após a conquista de Constantinopla, o País
inteiro se “converteu” à força ao Islamismo, e os cristãos se
retiraram cabisbaixos, derrotados. Será que vamos permitir que esse
desastre novamente venha se repetir, e agora em nossa amada terra e
continente? Muçulmanos? Em nome de Jesus outra vez NÃO! Para que
sejamos vitoriosos contra esta investida de Satanás devemos pagar o
preço, conforme está dito em II Crônicas 7.14:


“SE MEU POVO QUE SE CHAMA PELO MEU NOME ORAR, BUSCAR A MINHA FACE E
SE CONVERTER DE SEUS MAUS CAMINHOS, ENTÃO EU OUVIREI DOS CÉUS, PERDOAREI
OS SEUS PECADOS E SARAREI A SUA TERRA!”


Coloquemo-nos, pois, de joelhos, jejuemos, oremos a nosso Deus e Ele
nos ouvirá, certamente, e o Brasil será de Jesus, até sua volta! Esse é
tempo de oração, de batalha espiritual! Estejamos em oração de 9 a 12 de
Outubro. Ore e divulgue essa matéria a todos os seus amigos e àqueles
que fazem parte de seus grupos de e-mails. Resistamos em oração! para a
glória de Deus.

Caio Fábio comenta artigo do Pr. Eli

Antes de ler, gostaria de informar que estarei procurando o artigo do Pr. Eli para que a informação fique completa, ou pelo menos tenha os dois lados!
Meu interesse ao postar isso não é defender nem um lado, ou outro. Gostaria somente de compartilhar o cotidiano evangélico. Tenho minhas conclusões e considerações, mas deixarei de lado, por hora!!
Joaze Lima, Pr.


08 Pr. Caio Fábio responde ao Pr. Eli Fernandes - Islamismo
Querido amigo Eli: Graça e Paz!



Li seu texto conclamatório com todo carinho. Acerca dele tenho alguns simples comentários a fazer, e espero que você as os tome de modo negativo.

O problema não é o Islamismo e nunca foi...

Você acha que Jesus ficaria preocupado com o Islamismo?...

Sim, o Jesus que disse que as portas do Inferno não prevalecerão contra a Igreja terá medo do Islã?...

Se nós fossemos gente como Paulo, João, Policarpo e outros [...] — não teríamos medo de invasões bárbaras ou islâmicas, pois, no espírito do que seja Igreja, não Cristianismo, quando mais invadidos formos, mas próximos ficam os que têm de ser alcançados.

Sua preocupação é religiosa, e tem a ver com o Cristianismo, que é uma Potestade Religiosa e Política semelhante ao Islã, por exemplo; porém, com o agravante de ser "executado" como missão de Jesus na Terra.

Quem é de Jesus e está cheio do Espírito Santo e do espírito do Evangelho, vê os planos islâmicos de invasão do Brasil, e diz "Oba! Eles mesmos estão vindo!...".

Sim, pois entrar lá está cada vez mais difícil, a menos que se vá como gente/apenas, e não como "missionário"...

A melhor coisa que pode acontecer à verdadeira Igreja é ver a sua densidade geográfica invadida pelo opositor, pois, se não se pode ir onde eles estão [...], então, que se aprenda a servi-los em amor, como Jesus mandou, aqui mesmo; o que torna tudo muito mais fácil.

A questão é que a mentalidade do "Cristianismo" é a mentalidade mundana do poder, do controle e das definições geopolíticas de soberania religiosa...

Ora, para quem pensa e sente assim os tempos atuais devem ser desesperadores mesmo, posto que de fato o poder do "Cristianismo" no mundo esteja se esvaindo...

Todavia, para quem não desaprendeu a ver a vida com os olhos de Jesus, tal movimento não significa nada além de que os que hoje são os impenetráveis, sim, eles mesmos estão tentando nos penetrar... Sim, sendo isto mesmo, e sendo nós de fato gente do amor no Evangelho, tomados de intrépida mansidão, cheios do Espírito Santo e de bondade [...] — então, sinceramente, o que vejo é que o Espírito de Deus está trazendo os Impermeáveis para dentro de um ambiente que, tendo gente de Deus nele, torna o trabalho de alcançar tais pessoas algo infinitamente mais simples.

O problema é que quem é do "Cristianismo" sabe que vive o ocaso de uma Era... E, assim, esquecendo que não há promessas de Jesus para o "Cristianismo", mas tão somente para o que seja Igreja segundo Ele mesmo, por tal esquecimento cai em depressão defensiva...

As orações devem acontecer, mas não pedindo que os mulçumanos não venham... [...]; mas ao contrário: pedindo que nós nos convertamos ao Evangelho da Graça de Deus, segundo Jesus, e apenas segundo Jesus, antes que Maomé chegue; pois, saiba: faz vinte anos que venho dizendo que quando os islâmicos chegassem aqui [...], e encontrassem o islamismo tácito que já existe, por exemplo, nas favelas do Rio; e mais: encontrando também o xiitismo que sub-jaz na religiosidade "evangélica" [...] — não se deveria ter dúvidas de que grande seria a deserção cristã e o caos...

Se a ênfase for a que o irmão propôs, os males serão os seguintes:

1. Estabelecer-se-á o mesmo espírito de defesa de geografias de poder que moveu as Cruzadas cristãs contra os Islâmicos; e que foi um fiasco absoluto, tanto na proposta quanto no resultado; e de cujos frutos de veneno o choque civilizatório entre "ocidentais cristãos" e "islâmicos" se alimenta até ao dia de hoje;

2. Estabelecer-se-á o espírito anti-Jesus de "territorialidade", o qual não existe Nele e nem no Seu ensino, em lugar nenhum do Novo Testamento, mas que superabunda no "Cristianismo Constantiniano";

3. Criar-se-á um espírito anti-Jesus de intolerância, quando o chamado de Jesus é para amar e acolher até o inimigo;

4. Transferir-se-á o problema de quem não somos [discípulos de Jesus é que não temos sido!...] para os islâmicos; quando, de fato, todo esse "medo e pânico" apenas decorrem da realidade que, lá no fundo, você e todos os evangélicos e cristãos ligados ao espírito territorial do Cristianismo, sabem que nós não temos verdade de vida, segundo Jesus e de acordo com o Evangelho, para lidarmos com tais invasões sem o medo da perda de poder;

5. Atiçar-se-á o ódio e não o amor; se instilará o medo e não a ousadia no amor; se criará a mentalidade defensiva da "igreja" e não se estimulará a coragem certeira e segura da Igreja, ante cuja realidade as portas do Inferno não prevalecerão jamais;

6. Desviar-se-á, portanto, o centro do problema para outro eixo [...], sem que se veja que o único problema é a nossa falta de conversão verdadeira ao Evangelho; posto que no Evangelho não haja o espírito de medo que existe em sua carta; mas o oposto disso: que é a alegria de saber que se os crentes nunca foram a Maomé, Maomé está vindo aos crentes... A menos que não haja crentes!... Ainda há?...

Se "as igrejas" se converterem ao Evangelho de Jesus e deixarem as palhaçadas diabólicas, então, tal "vinda islâmica" será apenas uma boa nova para eles... E para os verdadeiros discípulos de Jesus será apenas uma facilitação escatológica do mandamento da Evangelização do mundo.

Entretanto, para quem pensa com as categorias da religião e do Cristianismo, de fato tal vinda é ameaça e possibilidade de perda de poder.

A questão é: Você acha que Jesus está preocupado com a perda de poder do Cristianismo?... Sim, você que está vindo das Sete Igrejas do Apocalipse [...] não discerniu que o próprio Jesus profetiza o Apocalipse das Igrejas?...

Sinceramente, minha oração é pela conversão das "igrejas" no Brasil, pois, a Igreja de Deus no Brasil está preparada para qualquer coisa, mas as "igrejas" não dão conta nem de si mesmas...

Para quem vive das "igrejas" e para as "igrejas" [...] a decisão islâmica de tomar o Brasil é uma ameaça. Mas para quem está cheio do Evangelho e é Igreja de Deus, tal fato apenas facilita a missão; afinal, eles estão vindo até nós... Temos nós medo deles?...

Meu querido irmão Eli, eu teria muito a dizer sobre isto, mas creio ter deixado claro o que penso e sinto; e mais: que, para mim, tal vinda islâmica pode ser pura bondade de Deus por eles, a menos que nesta terra não haja sal nem luz de Jesus para eles... Há?...


Nele, que nos mandou ir a todo mundo, e que nunca teve medo que o mundo viesse até Ele; afinal, Ele morreu e ressuscitou por brasileiros evangélicos enganados tanto quanto por islâmicos sem luz!

Retirado do site:http://www.obrasiltemsededeus.net/articles.php?article_id=200 . 13/11/2009

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Um Blackout na Cidade, uma luz na sociedade


Um blecaute na Cidade, uma luz na sociedade!

Hoje, em vários estados do Brasil tivemos um blecaute (um apagão) generalizado. Segundo o site uol.com.br, o blackout foi devido a uma falha na hidroelétrica de Itaipu.
Achei interessante, que este problema gerou uma reação muito expressiva na sociedade. Ao retornar para minha casa, pude contemplar uma cena que há muito não via: Várias pessoas saíram de suas casas, pegaram cadeiras e sentaram com os vizinhos na calçada, esperando o retorno da energia; provavelmente porque não tinham nada para fazer dentro de casa, ou porque o calor estava grande.
Entretanto, isto me levou a pensar: Um blecaute na Cidade, uma luz na sociedade. Como já citei há muito não via a integração entre moradores na rua, enquanto as crianças aproveitavam para brincar, os adultos colocavam o papo em dia, e discutiam os possíveis motivos do fato.
Interessante com o passar dos anos, a "luz" do próximo, a conversa de porta, a brincadeira de crianças com os pais a cuidar, perdeu espaço para as sociedades virtuais e ciberculturas. Os relacionamentos se tornaram mais virtuais e superficiais, não se senta mais juntos, não compartilham o dia, não deixam mais o tempo e as estrelas serem um palco para um bom convívio em sociedade!
Fica o desejo que está luz, gere uma saudade nostálgica de nos relacionar-mos, de gastar-mos tempo com o que é importante! de pararmos um pouco, saírmos de nossos refúgios domésticos e olhar para o próximo... como algo que detém importância e Vida!!

Que está luz, não se apague com os Blackout´s do individualismo!!

Que o Pai das Luzes, acenda a lâmpada para nossos pés... HOJE!
Joaze Lima, Pr.

Diante da Mesa


Diante da Mesa
Diante da Mesa! Talvez este seja o lugar mais burocrático da Bíblia. A mesa é o lugar de todos, é um lugar para todos. Diante da mesa não tem servo ou livre, pecador ou santo, crente ou descrente, religioso ou não.
Eu não preciso estar sentado à mesa, para receber a bênção do Pai. Eu preciso desejar a bênção! Eu preciso somente desejar recebê-lo em meu coração! Eu preciso desejar a transformação!
A mesa é um lugar de cura, é um lugar de libertação, é um lugar de acertos de contas. Na mesa com Cristo é o lugar onde recebemos a salvação, é o lugar onde somos honrados e recebemos dignidade para sentar-se ao seu lado. É ali onde os olhares não podem me prender, onde os rótulos não detêm a graça que posso receber.
Estamos rodeados de circunstâncias, rótulos, lugares, montes, templos, altares etc. todos esses são lugares sacros, onde dizem que acho cura, libertação, graça, misericórdia, ou seja, onde eu poderia encontrar Cristo! Vejo em vários textos bíblicos, que a realidade não é bem essa, e posso encontrar Cristo nos caminhos da vida, na casa de pecadores, nas esquinas, praças e ali encontrar-se também com a Salvação.
Pensando assim, gostaria de olhar o texto de Marcos 7.24-30.
Esse é um texto onde mostra exatamente a realidade de tudo isso que estou falando aqui. Neste texto podemos ver de forma simples e categórica, a realidade da mesa. Como falei a mesa é um lugar burocrático, é para todos os que a desejam.
Diante daquela mesa havia basicamente três tipos de pessoas:
1. Os Discípulos – Estes estavam ali acompanhando Jesus em tudo que ele fazia. Estavam acostumados a sentar-se na mesa com Jesus, por mais que estranhassem Jesus estar naquela cidade, era comum sentar-se à mesa com Cristo. (Cuidado para que você não se acostume estar na mesa com Cristo, isso pode ser fatal)
2. As Pessoas da Cidade – Como era uma cidade fora do contexto religioso da época. Também para eles era novidade a aparição de Cristo ali; Afinal, se os judeus não passavam nem perto daquela cidade (Tiro – hoje na região do Líbano) com certeza Jesus estaria ali para julgá-los, para criticá-los ou no mínimo veio naquela cidade visitar judeus que pudessem estar perdido. (Por mais que você acha que Jesus não é para você, eu quero dizer que ele ama TODOS, e mesmo que você não esteja sentado à mesa, porque não busca a Cristo. Ele te busca hoje!)
3. A Mulher – Pode-se até achar que esta deveria estar junto com os da cidade, afinal, ela também era siro-fenícia e não era da religião de Jesus, e isso está certo. Mas algumas posturas dessa mulher fizeram com que ela fosse diferenciada dos outros.
Quando estamos diante da mesa, diante da presença de Cristo a nossa disposição pode quase prever o resultado que você terá desse encontro. A sua disposição, o desejo do seu coração ao sentar-se como estamos hoje na presença de Cristo, pode fazer toda a diferença, e esse foi o motivo ao qual eu elenquei esses tipos que pessoas que estavam diante da mesa. Possivelmente se você se encaixa em um desses 3 tipos de pessoas é quase certo que os resultados que eles tiveram pode ser também os resultados que terá hoje aqui.
Resultados:
1. Os discípulos – por estarem acompanhando Jesus, estavam acostumados com a presença dele, e por isso não esperavam nada demais desse encontro, era só mais uma ceia, mas um sentar-se com Cristo. Já que pensavam assim, nem aparecem no texto. Se você está acostumado a sentar-se na mesa do Senhor a ceiar com ele CUIDADO. Talvez seja por isso que esta mesa seja só mais uma mesa, esta ceia, só mais uma ceia nada de Especial. MAS EU QUERIA DIZER PARA VOCÊ, QUE TODOS OS ENCONTROS COM CRISTO SÃO OPORTUNIDADES DE TRANSFORMAÇÃO, BENÇÃOS, CURA E CRESCIMENTO. Todas as ceias, todas as vezes que sentamos na presença dele, a imagem e a lembrança deve nos tocar e sermos abençoados. Jesus em certa feita Jesus alerta os discípulos sobre eles se guardarem do fermento dos judeus: pois esse fermento, essa certeza, essa tradição os fazia perderem bênçãos e muitas e muitas vezes a alegria de compartilhar o PÃO COM TODOS. IGREJA JESUS NOS CHAMA A MESA, PARA NOS ABENÇOAR E COMPARTILHAR O PÃO COM TODOS.
2. As pessoas da Cidade – pode ser que nesta noite você tenha vindo aqui porque passou em frente e marcou um dia que viria aqui. Ou porque foi convidado por alguém, ou simplesmente porque tinha curiosidade de conhecer as coisas que aconteciam aqui dentro. Quero te convidar, a tirar sua curiosidade e lançar-se aos pés de Cristo, quero te convidar a conhecê-lo, QUERO TE CONVIDAR a sentar-se à mesa do SENHOR, com vontade de receber dele... Bênção, Vida, transformação e Salvação. Cuidado estar perto, não adianta nada, vir e estar diante da mesa também não resolve só o sentar-se e o conhecer Cristo, pode mudar sua vida, ou calar essa sede, essas perguntas.
3. A mulher – A mulher com certeza fazia parte daqueles que estavam ali diante da mesa por curiosidade, provavelmente ela esperasse que alguém fosse retirar ela daquele lugar. Certamente os olhares sobre ela não eram agradáveis, é bem provável que os discípulos, que as pessoas da cidade a julgassem pelo olhar por estar ali, afinal, além de ser mulher não tinha que se intrometer naquele tipo de lugar. Mas a mulher vida uma CRISE, um DRAMA.
Para a língua Japonesa, a palavra CRISE tem duas traduções que para eles se completam:
1. Perigo – Para nós também, Crise é um sinal de perigo, pode ser que você não saia dessa crise, pode ser que não tenha saída essa sua crise.
2. Oportunidade – Ao mesmo tempo em que a CRISE é um perigo, é também tempo de oportunidade, de escolha.
É MUITO INTERESSANTE, observar esse ensinamento Japonês, pois para eles uma pessoa que está em crise, tem duas escolhas, essa situação dela pode ter duas circunstancias. Perigo, pois pode acabar de vez com sua vida, seu casamento, Crise pode levar ao suicídio, ao divórcio, a morte. Mas também a Crise é uma oportunidade de nova vida, de renovação de escolher um novo caminho, que provavelmente se não fosse à crise a pessoa não faria essa escolha!
Assim como nas traduções japonesas, aquela mulher estava passando por uma crise, sua filha estava endemoniada, e ela podia correr o perigo e ficar somente olhando TODAS AQUELAS PESSOAS SENTADAS À MESA, como também poderia APROVEITAR A OPORTUNIDADE, e agarrar-se à sua fé e esperança, CRER naquele que estava à mesa, e pedir socorro! Ela optou por enfrentar e quem opta por aproveitar a OPORTUNIDADE!
Jesus a responde até de maneira um pouco estranha e rude. Mas ele está mostrando a que veio, e ele veio primeiramente aos seus que eram os Judeus! Mas ela não se intimida com a resposta, sabe de onde pode receber o que precisa e vai além... “Só as migalhas que os cachorros comem me são suficientes”
Será que teríamos essa mesma disposição e desprendimento. Por muito acham que Deus é obrigado a responder nossas preces, determinados, queremos pedimos clamamos e Deus tem que responder SIM. Essa mulher agarra-se a OPORTUNIDADE, e independente da resposta ela continua com seu olhar e seu desejo no Senhor!
A MESA É UM LUGAR DE TODOS, mas a disposição do seu coração pode dizer o que você terá desse encontro!
É diante de Jesus na mesa que restaurações acontecem...
É diante de Jesus na mesa que recebemos honra e perdão...
É ali na mesa do Senhor, que somos restaurados e reconciliados...
É ali diante de Jesus na mesa, que independente de como chegamos podemos ser chamados... Filhos! E receber Graça!

Deus nos guarde!!
Joaze Lima, Pr.

sábado, 7 de novembro de 2009

Bela Letra...

Não sou de enviar muitos emails, mas esse eu precisei. Alguns dizem que Deus só inspira "os seus", então acho que esse homem é dele, pois o inspirou muito para colocar as realidades de forma tão clara e inteligente...

Bela Letra... pare, leia, pense, transforme, VIVA!


"Não há o que temer:
Mulheres com juízo sempre
encontraram homens com talento "



'Cirurgia de lipoaspiração?'
Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém,
nem falar do que não sei, nem procurar culpados,
nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo
que toda essa busca insana pela estética ideal
é muito menos lipo-as e muito mais Piração?
Uma coisa é saúde outra é obsessão.
O mundo pirou, enlouqueceu.
Hoje, Deus é a auto imagem.
Religião, é dieta. Fé, só na estética.
Ritual é malhação.
Amor é cafona, sinceridade é careta,
pudor é ridículo, sentimento é bobagem.
Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção.
Roubar pode, envelhecer, não.
Estria é caso de polícia.
Celulite é falta de educação.
Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.
A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?
A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz,
não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem.
Imagem, estética, medidas, beleza.
Nada mais importa.Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria,
o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.
Não importa o outro, o coletivo. Jovens não têm mais fé, nem idealismo, nem posição política.
Adultos perdem o senso do ridículo, em busca da juventude fabricada,se tornando insensíveis, fúteis, trocando a família por relacionamentos banais para se auto-afirmarem

como homens.


Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas,
quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal mas...
Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas,
de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural.

De velhos querendo se passar por jovens, correndo atrás de menininhas que podiam ser suas filhas ou netas.

Não é, não pode ser coisa de gente normal. Que as pessoas discutam o assunto.
Que alguém acorde. Que o mundo mude.
Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.
"Cuide bem do seu amor, seja ele quem for".

(Herbert Vianna (Cantor e Compositor)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Jerusalém ou Antioquia

Vemos aqui duas cidades citadas nas narrativas bíblicas, mas com contextos completamente diferentes, e nesse prospecto, gostaria de refletir de maneira analítica as duas de forma respectiva.
Jerusalém - Cidade foco da religião judaico-cristã, sempre centrada no templo, nos costumes e na hierarquia. A comunidade cristã do Séc. I, sempre esteve situada e circunvizinha a Jerusalém, tendo esta como centro das atribuições religiosas, e assim um pólo religioso se formou ali.
Mas a história continua e esse fato ganha uma nova situação. Na verdade, há uma 'conversão' (termo utilizado pelos evangélicos para aceitação a Cristo e mudança de Vida) na história, na vida de Pedro, apóstolo da igreja, e na comunidade (igreja) da épooca.
Essa mudança tem início em Cornélio e depois em Antioquia quando viu-se que o E.S. não está condicionado às delimitações dadas pelas religião, não está preso a organização hierárquica e estrutural do homem. Há verdade é que em Isaías 65, já havia indícios por parte de Deus que ele não estaria condicionado as privatizações humanas quando disse: "respondi à quem não procurava por mim". Podemos descobrir a mesma situação em Cristo, quando no caminho de Emaús relatado por Lucas, ele aquece o coração de pessoas que não o reconheceram como tal; e mais, entrou na casa desses, ceiou com eles, levou a salvação àquela casa. Tudo isso fora as delimitações dadas pela religião judaíca, presente e atuante em Jerusalém, esses que se denominavam os emissores da palavra divina.
Antioquia - Antioquia não era uma cidade religiosa, muito menos, centro de atividade judaíca. Mas, o espírito se manifesta naquele lugar, há indícios de que o E.S. estava agindo de forma criteriosa e aparente.
Assim acontece em Antioquia: os helenistas que ali estavam pregavam o evangelho de Cristo aos gentios, se relacionavam com estes, provavelmente dispunham de uma postura de amor que só foi encontrada em Cristo, haja visto que foi onde a primeira vez pessoas foram reconhecidas e conhecidas como "pequenos cristos". A comunidade de Jerusalém que já havia se indisposto com Pedro por entrar na casa de um centurião romano, decide averiguar e envia Barnabé, este que já havia se portado de forma mais amorosa e "cristã" com Paulo por defendê-lo em Jerusalém, não busca Pedro ou João, vai a Tarso e busca Paulo, para estar em Antioquia com ele.
É bom vermos que não existe só Jerusalém, só estruturas, hierarquias; existe Antioquia onde o maior princípio do Reino de Deus é manifesto, é aplicado: o AMOR. ali as realidades foram transformadas, foi manifesto o carater de Cristo, ali apareceu o Amor, e foram chamados: Cristãos.

Jerusalém ou Antioquia? podemos decidir com nosso testemunho!
Deus abençoe
Joaze Lima, Pr.

Não estamos preparados para as Realidades que nos cercam.



Não estamos preparados para as realidades que nos cercam. Alguém já disse: "O que humaniza o homem é a dor, o sofrimento, o fracasso ou mesmo o inesperado.
Como temos medo do inesperado! Talvez, porque está complemente longe de nós, claramente fora de nosso controle e assustadoramente real para nós.
É exatamente nesses momentos que deixamos de lado a grandeza de nosso pensamento sobre nós, para nos remetermos há angústia da humanização. A saber, quando uso a palavra "humanização" uso no tangente a deixarmos de sermos deuses de nós, a entendermos que somos fracos e frágeis, tocáveis e destrutíveis. O poder que habita em nós nos dias de Sol, vai-se e transforma-se em fraqueza quando adentramos em uma tempestade existencial ou quando somos empurrados para dentro dela.
Desde sempre, nossa maior tentação é sermos: deus de nós mesmos (Gn. 3.5). Ao passo, que o que Deus deseja que fossessemos é Seres Humanos, simplesmente humanos. Essa ancia de ser o que não sabemos ser, de fazer o que não estamos preparados a fazer, nos coloca em um tripé alto e perigoso, que se torna um precipício do ser, pois qualquer circunstância que nos prove ao contrário, pode nos fazer ter um relapso e ter a triste notícia: Não temos condições para encarara a realidade; Não estamos preparados para encarar a realidade.
Quando me deparo com essa situação gosto de lembrar de um Deus que se fez homem, para mostrar seu amor e cuidado para conosco, para mostrar que esse Deus está do nosso lado no nosso caminho. Lembro de um Deus que compartilha pão e peixe, que senta no poço com uma excluída e dá para nós algo que pudesse nos ajudar nas realidades da vida.
"Vos é chegado o Reino de Deus" (Mc. 1.15). É chegado o Reino que não te transforma em deus, que conseguiria transcender a dor e o sofrimento, um deus que é auto-suficiente. Ao contrário, esse reino te leva a ser o último para, quem sabe, ser o primeiro; te leva a ser e a se entender como necessitado, como imanente a dor e as realidade humanas, MAS, esse lhe diz: " No mundo terei aflições, mas não temam eu venci o mundo". Creia, entenda, dependa do Reino de Deus. Seremos mais humanos e mais perto de Deus, teremos a paz que excede o entendimento, teremos a ação do E.S. que nos conforta e a presença de um Deus que caminha conosco em todas as circunstância, até quando já perdemos as esperanças Nele, como foi no caminho de Emaús.
A Presença de um Deus que descubro na dor e contemplo na Alegria, me faz capaz de viver as intempéries da vida e as realidades nem sempre agradáveis.

Que Deus nos ajude!
Joaze Lima, Pr.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Para Pensar...

O Diabo se contenta perfeitamente em ver você se tornando casto, corajoso e controlado, desde que ele consiga instaurar em você a ditadura do orgulho o tempo todo (da mesma forma que ele ficaria contente em ver você curado de um resfriado, para lhe dar um câncer).
É, está chegando a hora de parar para pensar nessa "falsa castidade"

Por C. S. Lewis,

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Seres Espituais, numa experiência Humana!


NÃO SOMOS SERES HUMANOS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL

Somos seres espirituais passando por uma experiência humana…


Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados…
Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje
em dia.
Por muito pouco a madame que parece uma ‘lady’ solta palavrões e
berros que lembram as antigas ‘trabalhadoras do cais’…

E o bem comportado executivo?
O ‘cavalheiro’ se transforma numa ‘besta selvagem’ no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar…
Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um
tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou
uma chata, o marido uma ‘mala sem alça’.

Aquela velha amiga uma ‘alça sem mala’, o emprego uma tortura, a escola uma chatice.
O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela.
Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet
estava demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e
balancei a cabeça, inconformado…
Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou
sem sequer ler o título, dizendo que era longo demais.
Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida,
sem tempo para Deus.
A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência
sintética dos calmantes está cada vez mais em alta.
Pergunte para alguém, que você saiba que é ‘ansioso demais’ onde ele
quer chegar?
Qual é a finalidade de sua vida?
Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta.
E você?
Onde você quer chegar?
Está correndo tanto para quê?
Por quem?
Seu coração vai agüentar?
Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar?
A empresa que você trabalha vai acabar?
As pessoas que você ama vão parar?
Será que você conseguiu ler até aqui?
Respire… Acalme-se…
O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do
dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua
paciência…
NÃO SOMOS SERES HUMANOS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL…
SOMOS SERES ESPIRITUAIS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA HUMANA…


Por, Arnaldo Jabor

É.. já dizia o velho Salomão: "É vaidade! É correr atrás do Vento!"

Que o Pai das Luzes,acenda a luz vermelha para as acelerações indevidas do cotidiano!

Joaze Lima, Pr.

domingo, 18 de outubro de 2009

Salvos, do quê?


Salvos, do quê?
Salvos da Perfeição I

Dando continuidade a nossa série de mensagens sobre o tema: Salvos, do que? Darei prosseguimento falando sobre Salvos da Perfeição. Como é um tema muito extenso falarei em duas etapas sobre essa temática, levando em conta a importância e extensão do tema. Salvos da perfeição é o tema de um livro... Que me inspirou essa série de mensagens, o detalhe é que ainda não comprei nem li o livro, dessa vez só a capa me trouxe inspiração para falar sobre isso.
Dentre tantas coisas, a salvação é um tema importante para os seres humanos, queiramos nós ou não, sempre estamos pensando ou procurando alguma resposta ou solução para esse problema, logo, as religiões sempre trabalham com a salvação. Diferente de todas elas, a salvação dada pelo cristianismo à qual creio, ser a única e verdadeira, não trata somente da vida pós a morte e sim algo que já podemos desfrutar aqui no dia-a-dia da vida. A verdade é que Cristo morreu por nós para que eu e você tivéssemos vida e vida em abundância. O texto de Marcos 1.15 traz as palavras iniciais de Cristo no seu ministério, e elas já são um convite:
“[...]O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho.”
O que Jesus está dizendo é que o tempo em que Deus estava habitando somente no templo estava se findando, o reino de Deus está próximo, ou seja, Deus está vindo reinar sobre/dentro daqueles que se arrependem e creram em Cristo. Deus não estará mais somente no templo ou dentro dos religiosos, ele irá morar dentro de nós, deverá governar nossas vidas, o tempo de Deus no templo, de Deus só no domingo ou na sexta da libertação acabou, o reino está próximo Deus morará dentro de nós all time (o tempo todo).
A palavra Evangelho quer dizer Boa Novas, Jesus Cristo estava trazendo boas Notícias, notícias novas ele trouxe: O evangelho, que Deus agora vai morar dentro daqueles que se arrependem e crêem nessas boas novas. Agora aqueles que se arrependem e recebem o reino de Deus (presença de Deus, governo de Deus) já estão SALVOS. Já desfrutam da salvação hoje, agora, nesses dias. Lembremos de João 10.10: Eu vim (e trouxe o reino) para que tenham vida e vida com plenitude, com satisfação, com alegria, com fartura, com abundância.
SER SALVO HOJE? TER DEUS GOVERNANDO A MINHA VIDA, E DESFRUTAR DA VIDA COM ABUNDÂNCIA, FARTURA, ALEGRIA, PAZ E ETC.
ALGUÉM QUER???
Então precisa, se arrepender e crer em Jesus Cristo, aceitar o reino de Deus.
Acredito que eu poderia terminar por aqui, afinal, só saber que Deus, quis me trazer uma vida com plenitude já me faz ter uma alegria que não posso conter! Só em saber que Deus deu seu filho para morrer na Cruz, tendo assim direito a salvação, já me faz satisfeito!
Você pode estar perguntando: ué é tudo tão perfeito, por que salvos da perfeição?
Sim, Salvos da Perfeição Religiosa.
Abra sua bíblia em Lucas capítulo 18
Neste texto Jesus estava contando parábolas a pessoas que estavam sentadas em volta dele, aliás, era o que Jesus mais fazia: Sentar-se e contar histórias tentando fazer o povo entender as coisas que ele explicara. Ali com ele estavam curiosos, discípulos e os religiosos. Essa parábola vai contar a história de dois homens e duas religiões: o fariseu (religioso), e o publicano.
O Fariseu (Religioso): fazia parte da religião dos homens, era aquele que achava que por cumprir todas as regras do templo era melhor do que os outros, achava que por vir ao templo era santo e os outros eram pecadores imundos. Lembram que eu falei que antes de Cristo eles achavam que Deus estava no templo? Logo, aqueles que estavam com ele no templo eram os santos, e aqueles que não estavam no templo eram os pecadores! Aqueles que usavam a roupa igual a deles, eram os santos, os que não, eram pecadores imundos! Aqueles que eram perfeitos igual eles achavam-se ser, eram salvos e santos, os outros eram pecadores, imundos do inferno, ou seja, não eram salvos! Essa era a religião dos homens.
O publicano: era um homem que não era judeu, era romano e trabalhava para o povo romano. Provavelmente não era nem para ele entrar no templo, afinal, só entram no templo os santos, os justos, os limpos, os ricos etc. (Alguns acham que é assim hoje). Enquanto o fariseu olhava para o céu, batia no peito e orava; o publicano, envergonhado na presença do senhor, nem levantava os olhos ao céu, ele sabia que não era merecedor de nada, humilde, lamentava-se na presença do Senhor e sua oração era: Ó Deus, tem misericórdia de mim, sou pecador! Essa era da religião do Reino de Deus. Jesus tinha falado no capítulo 17.20,21 – O reino não está por fora, está dentro de nós.
Esse publicano entendia que não adianta dar dízimo, se no seu coração você é avarento, apegado ao dinheiro, dando o dízimo para se mostrar! Esse publicano sabia que não adiantava usar a trajes de religioso se no coração só a prostituição, inveja, mentira etc. não adianta se fantasiar na presença do Senhor, pois o senhor olha para o nosso coração!
Estamos SALVOS DA PERFEIÇÃO, que alguns tentam colocar sobre nós, Deus não quer homens e mulheres que se vestem perfeitamente, que oram perfeitamente, que são orgulhosos e se acham PERFEITOS! Pelas funções que tem, pelo número de ações prestadas ao “senhor”.
O REINO É DAQUELES, que sabem que não merecem o olhar do SENHOR, que sabem que não mereciam o morrer de JESUS NA CRUZ! Jesus está sobre aqueles, que sabem que são pecadores e precisam da misericórdia do SENHOR!! Jesus está sobre aqueles que vêm a igreja, não para mostrar que vieram, para mostrar que sabem adorar, para mostrar que dão o dízimo... Mas para SE HUMILHAR NA PRESENÇA DE DEUS, e aí sim com HUMILDADE... Prestar culto a ele... SABENDO QUE NÃO HÁ ADORAÇÃO QUE POSSA PAGAR O QUE CRISTO FEZ POR NÓS, QUE NÃO HÁ DÍZIMO QUE PAGUE O PREÇO QUE JESUS PAGOU NA CRUZ POR MIM E POR VOCÊ, QUE NÃO HÁ ORAÇÃO QUE POSSA DIZER TUDO AQUILO QUE DEVERÍAMOS AO SENHOR!!!
Muitas pessoas, igrejas e religiões. Acabam colocando um peso sobre nós que não conseguimos suportar! Acabam sufocando nossas vidas, pois nos reprimem e dizem que devemos ser perfeitos, devemos ser santos, devemos andar, devemos vestir etc., etc., etc., ... Quando JESUS nos ensina que simplesmente... DEVEMOS NOS ARREPENDER de ser do jeito do éramos, DEVEMOS NOS CONVERTER dos caminhos que levávamos e DEVEMOS nos humilhar perante ele, pois não merecemos TANTO AMOR DESTINADO A NÓS!!!
SALVOS DA PERFEIÇÃO, pois DEUS QUER HOMENS E MULHERES QUE O ADOREM EM ESPÍRITO E EM VERDADE! EM HUMILDADE E CONTRIÇÃO!
Nos versículos finais, vem o resultado e a demonstração do que acontece com cada um daqueles!
O Publicano, foi JUSTIFICADO! Ou seja, mesmo NÃO MERECENDO, DEUS O FEZ JUSTO, SANTO, IRREPREENSÍVEL DIANTE DELE E DOS HOMENS!!
E O OUTRO, não foi justificado perante Deus! Afinal, quem se auto-justifica, se auto-condena!


No EVANGELHO DE JESUS CRISTO, no EVANGELHO DO REINO DE DEUS, quem se humilha será exaltado! QUEM SABE QUE NÃO É PERFEITO, será exaltado... Quem se exalta será HUMILHADO!

Joaze Lima, Pastor

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Deus Transcendente, Imanente e Transparente



É típico da cultura ocidental imaginar Deus com uma fisionomia de Merlim: barba longa e branca, vestimentas longas e cajado em sua mão. Essa imagem trás em sua sombra um Deus que é imagem do próprio homem e distante de nossa realidade prática. Importa hoje depois de muitas criticas sobre um Deus idealizado no mundo ocidental (Nietzsche, Marx e Freud) não mais falar “sobre” Deus, mas sentir Deus no espírito da realidade, não mais falar “para” Deus, mas falar “junto” a Deus no chão da existência.

Precisamos ter uma perspectiva correta: não podemos combater as imagens idealizadas com novas imagens, não podemos ter uma experiência do Divino negando sistematicamente todas as representações, precisa-se atravessa-las e assim supera-las. Mas como experimentar Deus em nossa realidade de maneira global? Há três experiências do divino que devemos levar em consideração:

Transcendência.

A primeira experiência nos faz sentir Deus como superior a tudo que podemos imaginar, é o totalmente Outro (1Tm 6,16). É o mistério essencial que habita e desborda o conhecimento, quanto mais conhecemos mais ele permanece mistério no conhecimento. Ele é sempre maior, se revela velando-se e quanto mais pensamos que conhecemos menos o conhecemos. Nas palavras de santo Agostinho: “Por mais altos que sejam os vôos do pensamento, Deus está ainda para além. Se o compreendeste, não é Deus. Se imaginaste compreender, compreendeste não Deus, mas um representação de Deus. Se tens a impressão de tê-lo quase compreendido, então foste enganado por tua própria reflexão[1].”

A transcendência nos ensina que Deus esta presente na realidade da nossa existência, mas sempre que experimentamos ele é inesgotável, fonte de Água que nunca acaba, sempre tem mais e mais. É um horizonte que nos ilumina, sentimos seu calor, caminhamos para alcançá-lo e ele sempre esta além.

Há um perigo na parcial compreensão desta experiência, é o perigo de isolar, de forma racional, Deus fora da realidade. Perigo de tirar Deus do mundo e ficarmos em um mundo sem Deus. Esse Deus que esta fora do mundo não se pode experimentar, ele se torna objeto de revelação, a irrupção de Deus no mundo que é manifesto em doutrinas e ensinos racionais. É um objeto de fé puramente intelectual, um Deus do ratio sem pathos, sem simpatia a humanidade.

Essa compreensão traz conseqüências desastrosas para no pratica de fé, pois não experimenta Deus na vida, mas sobre a vida. A fé ao invés de nascer no coração da vida está sobreposta a ela. A igreja comparece então como instituição que defende e guarda essas verdades reveladas e na proclamação de princípios morais que estão distantes da concertes da existência. Isso gera mais peso e infelicidade aos fiéis, que têm que suportar os dramas da vida e o fardo do moralismo religioso.

Imanência

A segunda experimentação é a de Deus como totalmente íntimo. Ele está radicalmente no coração de todas as coisas, tudo que vemos, que tocamos, que sentimos e refletimos está possuído desse mistério Divino. Nada é obstáculo para sua presença, nem o próprio inferno.

Deus está radicalmente presente em tudo, mas não aniquila nem substitui o mundo. Cada coisa possui sua legítima autonomia e consistência no mundo.Entretanto, há uma forma de experimentar Deus no mundo como se Deus fosse uma causa segunda junto as coisas imanentes a existência. Nessa imanência o mundo deixa de ser um mundo vazio do sagrado, o vemos em tudo sem Ele ser tudo, é um Ente criador do céu e da terra, onipotente que está ao lado, dentro e no coração de todas as coisas.

Nessa concepção corre-se o risco, de confundir Deus com a matéria (panteísmo), e de confundir as imagens e vontades humanas com o próprio Deus (antropomorfismo).Nessa confusão pode se justificar vontades humanas como sendo vontade de Deus, usá-Lo para manter privilégios de alguns, a religião se torna ópio do povo.
Para entender é preciso saber que mesmo imanente ao mundo Ele não é o mundo, está com e além ao mesmo tempo. Ele não se esgota nunca. “Ó Deus! Vós sois amor, mas um outro amor.! Ò Deus! Vós sois justiça, mas uma outra justiça! Rezava um teólogo Francês.

Transparência

Com o transcendentalismo desenfreado corre-se o risco de tirar Deus do mundo. Com o exclusivismo da imanência corre-se o risco de confundir o mundo com Deus e negar a transcendência Divina. Esse impasse aparece pois as visões são colocadas de maneiras opostas e excludentes. Como sair desse impasse?

Para solucionar esse dilema é preciso entender a transparência de Deus. Nem só existe transcendência, nem só imanência, mas as duas se unem na transparência. Como diz o são Paulo em sua carta a igreja de Éfeso: “Há um só Deus Pai de todos, que está acima de tudo {transcendência},por tudo {transparência}e em tudo {imanência}” ( Ef 4,6).

Existe uma categoria intermediária entre transcendência e imanência: a transparência.Essa categoria não exclui, mas inclui. Transparência significa a presença da transcendência dentro da imanência. Significa a presença de Deus dentro do mundo e o mundo dentro de Deus. Deus é um Deus concreto, pois não aparece fora do mundo, mas dentro dele sem se exaurir como se fosse uma peça do mundo.

Essa maneira de experimentar pode ser entendida com o termo chamado de panenteísmo ( filologicamente significa: tudo em Deus e Deus em tudo), que não deve ser confundido com panteísmo, pois este não faz diferença de criatura e criador.

Considerações

Podemos correlacionar os tópicos acima para consideração da teologia prática. Há duas dimensões que se manifestam no humano. Primeiro é a dimensão de finitude, o homem agarrado ao chão da existência e fragilidade. Segunda é a dimensão da auto-transcendência, com o pensamento habitamos as estrelas, refletimos sobre tudo, criamos tecnologia e plasmamos as idéias.

Esses dois pólos do humano não podem se opor no solo de sua caminhada, não podemos criar teologia apenas no exercício intelectual da transcendência sem considerar o pólo da fragilidade humana e suas necessidades temporais, e principalmente sua dependência do próximo. É preciso que a experimentação de Deus como transcendente nos inspire a refletir, que experimentação de Deus como imanente nos leve a sentir a realidade e fragilidade mundo o qual somos habitantes, e a experimentação de Deus como transparente una nossa duas dimensões levando-nos a uma TEO-LOGIA-PRAXIS.

Por um amigo, Wilian Lucas - Teólogo

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Saudades, sentimento presente!!


Haverá sempre um pensamento que nos levará a sentir saudades!!
Haverá sempre uma situação que nos fará sentir saudades!
Sempre terá dias onde, o por do sol nos leve a lembrar...
Sempre haverão palavras que nos farão saudar aquela presença que não está mais ali!

Saudades, sentimento presente!
Desde a mesa da santa ceia, temos prestado memória ao nosso Cristo,
Todas as vezes que fizerdes isso, faças em Memória dele!!

Assim também,todas as vezes que ouvirmos Alceu Valença e Dominguinhos! lembraremos dele!
Todas as vezes, que entrarmos em um carro bem cuidado! lembraremos dele...
Todas as vezes, que tomarmos uma agua de coco na barra da tijuca, sua lembrança virá!
Todas as vezes, que assistirmos uma partida do Vasco, lembrarei dele!

É, realmente a saudade é um sentimento presente, que faz mais BEM, do que Mal!
Saudades é o sentimento que nos liga a alguém!
Quero sempre ter saudades, pois você Tio Daniel, foi importante para Mim!
Quero sempre estar ligado à suas palavras!
Quero sempre ter saudades, pois ela me fará celebrar a vida e lembrar de Ti, mesmo que a temporalidade humana já nos tenha separado!


Descanse em Paz, Tio Daniel
Seu sobrinho e amigo Joaze.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

1º Festival de Sobá da Sarom

Nosso Lar...

Duas visões sobre a Terra se contrapõem em nosso tempo. Para uns, é matéria extensa e sem espírito, entregue ao ser humano para que possa explorá-la e expressar sua liberdade criativa conforme seu desejo. Para outros, é nosso lar, um superorganismo vivo que se autorregula, com uma comunidade vital única. Optar por uma ou outra visão tem consequências totalmente diferentes: a cooperação e o respeito, ou a agressão e a dominação.
A humanidade sempre considerou a Terra como a grande mãe que inspirava amor, veneração e respeito. Porém, desde a irrupção da ciência moderna, com René Descartes, Galileu Galilei e Francis Bacon, a partir do século XVI começou a ser considerada como objeto, “res extensa”, que pode submeter-se à intervenção humana, inclusive violenta, para extrair os benefícios de seus recursos e serviços. Era o projeto do “dominium mundi”. Criou maravilhas como as máquinas e os antibióticos, nos levou à Lua e ao espaço exterior.
Seria obscurantista não reconhecer os méritos desse desígnio. Entretanto, deve-se reconhecer também que a razão instrumental e analítica - sem complementar-se com a razão emocional, sensível e cordial, fundamental para o mundo dos valores - construiu uma máquina de morte, capaz de destruir a espécie humana mediante 25 formas diferentes, com armas nucleares, químicas e biológicas. Nossa geração é a primeira na história da antropogênesis que se transformou em uma força geofísica destrutiva.
Há uma convicção que está se generalizando: assim como está, a humanidade não pode continuar. O modo atual de produção e consumo faz de tudo uma mercadoria, inclusive as realidades mais sagradas como a vida, os órgãos e os genes. A cada ano, 3.500 espécies desaparecem da face da Terra devido às agressões sistemáticas à natureza. A roda do aquecimento global começou a girar e não pode ser detida, apenas se pode reduzir sua velocidade e minimizar seus efeitos catastróficos. Isto pode devastar muitos ecossistemas, arrastando consigo milhões de pessoas obrigadas a se deslocar ou morrer.
Portanto, temos de mudar para sobreviver. O futuro será uma promessa de vida se inaugurarmos “um novo modo sustentável de viver”, como o formulado pela Carta da Terra. É urgente mudar nosso sistema de exploração do planeta e de seus recursos e nossas formas de relações sociais, com mais inclusão, mais igualdade e sintonia com o universo. É imprescindível assumir uma ética do cuidado, do respeito, da responsabilidade, da solidariedade, da cooperação e, não em último lugar, de compaixão com os que sofrem na humanidade e na natureza.
Hoje sabemos que a Terra não possui vida somente em sua atmosfera, formando dessa forma a biosfera, mas que ela mesma é vivente e produtora de todas as expressões vitais. Os modernos a chamam Gaia, o nome mitológico grego para designar a Terra vivente. Nesse contexto crítico, deve-se voltar à concepção da Terra como mãe. Temos que unir dois polos: o mais ancestral, da Terra como mãe de nossos povos originários, com o mais contemporâneo, da nova astrofísica e biologia que vê o planeta como Gaia.
O que São Francisco de Assis contemplava em sua mística cósmica há mais de 800 anos, quando cantava o sol como Senhor e Irmão e a Terra como Mãe e Irmã e chamava todos os seres de irmãos e irmãs, hoje sabemos por uma verificação empírica da biologia genética e molecular. Todos os seres vivos, desde a bactéria que emergiu há 3,8 bilhões de anos, passando pelas grandes florestas, dos dinossauros aos cavalos, dos colibris até nós, temos o mesmo alfabeto genético.
Todos somos constituídos pelos mesmos 20 aminoácidos e as mesmas quatro bases fosfatadas (adenina, timina, citosina e guanina). Somente a combinação das letras químicas deste alfabeto com suas respectivas bases produz as diferenças da grande diversidade biológica. Portanto, todos somos irmãos e irmãs, membros da grande comunidade de vida. Assim, não há meio ambiente, mas o ambiente inteiro. Nós, os seres humanos, não estamos fora ou acima da natureza. Estamos dentro dela, como parte de sua realidade. Somos a porção consciente e inteligente da Terra. Nos últimos séculos, estivemos exilados da Terra. Temos de voltar ao nosso lar e cuidar dele porque se encontra ameaçado em seu equilíbrio e em seu futuro.
* O autor é teólogo, escritor e membro da Comissão Internacional da Carta da Terra. Direitos exclusivos IPS.
Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação dos Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e para o Desenvolvimento (Pnud), realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde.

Por Leonardo Boff
Cuidemos Então!!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Fidelidade...


Embora os montes sejam sacudidos e as colinas sejam removidas, ainda assim a minha fidelidade para com você não será abalada nem removida...” Is. 54.10

A soberania, o cuidado e a fidelidade de Deus parecem andar bem juntos se pudermos olhar atentamente para esse texto. Na primeira impressão a conjectura que fazemos nos leva a uma sensação de paz, alívio e por que não? De conforto. Depois lendo nas próximas vezes, essas sensações continuam, mas outras observações precisam ser feitas.
• “embora os montes sejam sacudidos e as colinas removidas...” – quer dizer que terão dias que as coisas não ficarão no seu devido lugar. Haverá dias que o céu ficará tão escuro, que o brilho do sol não alcançará mais nosso campo de visão. Uma soberania permissiva de Deus parece estar bem aplicada aqui, afinal, aqueles que são cuidados por Deus, passarão por situações como estas...
• “ainda assim...”? – Como assim? Ainda assim? Será que essas tumultuosas agonias alcançarão nossos dias por atitudes nossas? Será que esse ainda assim, quer dizer, que os montes serão sacudidos e as colinas removidas, por simplesmente ser uma causa de fatos e atitudes do ser humano? Infelizmente parece que: Sim! E se olharmos para a forma com que tratamos a Mãe-Terra, podemos até entender esse texto como literal, mas, sabemos que não o é.
• “minha fidelidade não será abalada nem removida” – que bênção! Ainda que os montes sacolejem à minha volta, e tudo por culpa minha... a fidelidade do Senhor não será abalada. O fato dos montes serem sacudidos, o fato do céu se transformar em trevas, e tudo se transformar em dor e aflição, ser culpa minha! Ainda assim, a fidelidade de Deus não será abalada nem removida. Ele continuará cuidando, guardando, manifestando misericórdia e compaixão.
Mesmo que tudo do lado de fora e do lado de dentro, esteja no caos profundo! É maravilhoso saber, que o cuidado soberano de Deus está sobre mim. No mesmo texto, a palavra nos diz que a aliança de paz do Senhor (da parte dele) não será quebrada! Pena que o outro lado da aliança (parte dos homens) viva sendo deteriorada, tentando ser quebrada! Quem a mantém firme? O mesmo que não deixará VOCÊ, NADA e NINGUÉM, abalar ou remover a fidelidade Dele.
Parece que vale a pena, manter essa aliança bem cuidada do nosso lado! Pense Nisso!

Deus Abençoe!
Joaze Lima, Pr.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Convertidos ao Amor


Você pode achar estranho a colocação que fiz em meu título, pode até entender que errei, que deveria ser: "Convertidos pelo Amor"; mas não é o que venho tratar aqui, venho falar sobre uma Conversão ao Amor.
Por mais fora de prática que pareça essa conversão, ela precisa acontecer. Você pode me perguntar: "Mas nossa conversão não é a Cristo?" Eu terei que responder que: Nossa conversão é EM CRISTO, ao Amor. Nosso encontro com Cristo deve nos levar a converter-nos ao Amor. A transformação que Cristo faz e deve fazer é esta: Nos Levar a Amar.
Gostaria de usar mais uma vez de exemplo, a tão falada e tão mal compreendida conversão de Paulo. Essa sim, foi uma conversão ao Amor. Aquele que antes Devastava a igreja (Atos 8.3 NVI), perseguia, enjaulava, obrigava, era um exímio religioso, não se importava com as pessoas, e sim com a lei, com a religião, o dogma, a instituição. Agora convertido ao Amor, levava o evangelho, dava sua vida ao ministério, amava pessoas!
Muitos ainda como Paulo são: cléricos eclesiásticos, líderes, pastores, discipuladores, membros, evangélicos, afinal ser evangélico é frequentar a igreja! só não podemos usar o termo "Cristão" para esses, afinal, chamaríamos de pequenos cristos e não são! Esses que por tantos anos, frequentam as igrejas, dirigem assembléias, cultos, ofertórios e etc. são convertidos a uma religião, não ao amor através de Cristo! Pois, perseguem, dogmatizam, inquirem, enjaulam, estruturam, ensinam a ser religioso e não ser Cristão! É um peso tão grande colocado, que muitos não suportam! Essa visão devasta a igreja.
Ao encontrar-se com Cristo, Paulo é convertido ao Amor, seu religiosismo caí, ele então vai atrás das pessoas para libertar, amar, cuidar, mostrar o Caminho que é Cristo Jesus e que agora ele experimenta, ele Caminha e vive com zelo.

"Portanto, andeis de modo 'digno' da vocação para que fostes chamados". Fomos chamados a AMAR, a abraçar as crianças, a alimentar os pobres e perdidos, estender as mãos aos fracos, libertar os presos e cativos do pecado, Caminhar juntos o Caminho de Cristo!

Naquele que quer nos fazer um no Amor!
Joaze Lima, Pr.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Ainda não aprendemos: Viver Juntos!


Ainda não aprendemos: Viver Juntos!

Eis aí, uma grande questão: Viver Juntos! Como é complexa essa relação, essa situação! Viver junto parece ser impossível ou humanamente impraticável, mas como não temos escolha, vamos convivendo.
Dessa expressão já se pode tirar alguns pensamentos interessantes, que nos levam e entender esse dilema. No dicionário on line, Priberiam, a palavra conviver significada: Viver com o outro, ter intimidade. Em muito dizemos que convivemos com determinada situação ou pessoa, convivo com tais ou quais pessoas! Mas com certeza não aprendemos a Conviver!
Vivemos todos juntos, na “casa comum” (planeta terra). Nela crescemos, desenvolvemos amizades que no princípio são inocentes, mas com o passar dos anos são cheias e interesses... Nela trabalhamos, servimos, amamos, choramos, pensamos, gozamos, alegramos! Tudo na grande Casa, convivendo com milhares ou pelo menos centenas de pessoas todos os dias, no ônibus, na esquina, na fila do pão, na escola, na empresa, nos banheiros públicos, em casa.
Em casa, enquanto âmbito familiar é onde esse termo conviver alcança, talvez, o ápice de sua aplicação e sentido. É em casa que conseguimos ou tentamos ter intimidade; ainda assim, é provavelmente o lugar onde mais nos machucamos, somos frustrados e frustrantes, maldosos e injustos. É dentro de casa que a máscara não tem vez, e os meus desejos, minhas prioridades e meus “negócios” têm de ser respeitados.
Assim, se aumentarmos nosso ângulo de visão, agora em nossos terrenos e espaços temos direito a fazer o bem quero e interessa, não importando se a água que eu consumo pode fazer falta para meu visinho em algum tempo! Já que pago, não tem problema o consumo de energia e de lixo exacerbado que tenho, estou no meu ‘direito’! (tem-se usado bastante esse termo).
Ainda não aprendemos a viver juntos, nossas atitudes não levam em conta o nosso próximo! Minhas posturas morais (enquanto culturais, e instituídas pelo meio, religião, sociedade e etc.) nem sempre é ético (enquanto princípio, e valor para o bem comum). “Tudo o que se pode fazer para se morar bem juntos, é moral e ético” ; olhando assim, minhas atitudes devem ser tomadas e equilibradas seguindo o crivo do bem ao próximo e do resultado dela à nossa casa comum.


CUIDEMOS ENTÃO!
Joaze Lima, Pr.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

É preciso que mais alguns caiam do Cavalo!


Essa é uma cena clássica do cristianismo, descrita no Novo Testamento para mostrar com riqueza e sutileza a conversão de Paulo, que dantes era conhecido como Saulo. Em mais uma viagem "a negócios" (o que muitos fazem hoje) para inquirir e perseguir àqueles que se denominavam cristãos, ou eram conhecidos como: "Os do Caminho"; logo, seguidores e discípulos de Cristo.
Paulo encontra-se com uma luz muito grande que o derruba do cavalo ou jegue, detalhe que fica de sua preferência. Ao cair, ele ouve uma voz dizendo:"Saulo, Saulo, por que me persegues?". Sua visão fica distorcida, seu corpo um pouco estranho e pesado; Saulo é levado para uma pequena cidade próxima onde já sabia: Iria se encontrar com àqueles que ele perseguiria.
Já nesse ínterim, aquele que antes seguia a lei, a ferro e fogo; defendia com sabedoria e eloquência, aquele discípulo aplicado de Gamaliel... ENCONTRA-SE com Deus! Dessa vez não interpretado pelos sacerdotes e escribas, não aconselhado pelos anciãos, nem usando as lentes da religião. Sozinho e descontruído fisicamente é levado perante o Eu Sou.
Esse encontro muda sua vidae o faz no mesmo dia, receber cuidados daqueles discípulos de Cristo mesmo que por hora, também desconfiados por terem que cuidar desse "próximo" (tão famoso, por suas atividades eclesiásticas). Paulo então deixa de ser relioso, cumpridor exemplar da lei,para ser discípulo e passa a viver teologia.
Passa a viver Teologia, se entendemos que teologia é um discurso sobre Deus e ao mesmo tempo um diálogo com Deus, assim, não pode haver discordância da minha teologia com a minha vida.
Como Paulo, há alguns que precisam cair do cavalo, e assim como o nosso exemplo de Paulo, sair da religião que:
- Oprime, engaiola, inquire, persegue, mata, fere, aprisiona, cria idolos de ouro. Afinal, assim como a religião paterna dele era uma construção humana, interpretada e praticada segundo o interesse do clero "espiritual, social," ditado e mantido segundo a "tradição de anciãos" (halaká). E ser transformado, tocado, convertido para uma vida em conformidade com Cristo, fazendo diálogos com Deus e sobre Deus, vivendo como testemunha do Reino de Deus, e agora passar a:
- Libertar, abençoar, amar, curar, manifestar graça, alimentar, estender a mão ao oprimido e excluído, levantar, alegrar-se, chorar com os que choram... Olhando assim, realmente ainda faltam muitos!
Que sejamos a materialização do Reino de Deus aqui, e não parte da religião dos homens! Afinal, ele não habita em templos, religiões, dogmas, estruturas e instituições criadas por mãos humanas!

Vivamos o Reino,
Joaze Lima, Pr.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

É hora de Re-ligar

Todo reencontro é gostoso, saudável, fraterno...
Reencontro digo, de coisas ou pessoas que por algum motivo se separaram, deixaram de se encontrar de trocas idéias e afeto.
O reencontro então é uma re-ligação, daquilo que por algum motivo se desligou, se afastou, perdeu-se o contato que ligava e fazia daqueles UM Só!

Parece então que é hora e já chegou de que aqueles que foram chamados para serem um com o Pai, se re-liguem a ele, sobre estes falo sobre o Homem e Deus. Eis a hora de que o homem, precisa se religar com seu Deus, criador, sustentador, pai e mestre; Luz que irradia o caminho, Luz que cria, liberta e mantêm viva a esperança. O homem, perde a esperança, e com ela a vontade de fazer diferente, de acreditar nas pessoas, de ser ético, honesto, der SER HOMEM.
Ao mesmo tempo, essa re-ligação com Deus, fará o homem achar a si mesmo, se reencontrar com sua essência, com seu EU.
De quebra, irá se reencontrar com sua Casa-Comum, como diz Leonardo Boff, a natureza. Nesse reencontro a postura de dominador, usuário, beneficiário sobre a natureza cairá, e o desejo de coexistir, de cuidar, de melhorar e de embelezar aparecerá...

Um elo perdido com o Pai das Luzes, foi o princípio das dores!
Um re-ligar com ELE, será o bálsamo que alivia, cura e liberta...

Naquele que nos fez, Um!
Joaze Lima, Pr.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Felicidade, Fé, Verdade, Deus ...


Da Felicidade...
Quantas vezes a gente,em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão,por toda parte,os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!

Mário Quintana


... E digo mais: É assim também com a Fé, a verdade, o amor leal, Deus, e etc...

Pensemos Nisso!
Grande Abraço
Pr. Joaze Lima

sábado, 6 de junho de 2009

Urubus e Sabiás




"Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam... Os urubus, aves por natureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza eles haveriam de se tornar grandes cantores. E para isto fundaram escolas e importaram professores, gargarejaram dó-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas, e fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais importantes e teriam a permissão para mandar nos outros. Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um respeitável urubu titular, a quem todos chamam de Vossa Excelência. Tudo ia muito bem até que a doce tranqüilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas para os sabiás... Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa , e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito.

— Onde estão os documentos dos seus concursos? E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvessem. Não haviam passado por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar, mas cantavam simplesmente...

— Não, assim não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito à ordem.

E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás...

MORAL: Em terra de urubus diplomados não se houve canto de sabiá."

O texto acima foi extraído do livro "Estórias de quem gosta de ensinar — O fim dos Vestibulares", editora Ars Poetica — São Paulo, 1995, pág. 81.

Pense Nisso!
Joaze Lima, Pr.