sábado, 19 de janeiro de 2013


Há exatos 2 anos, Deus nos presentava com nosso Mateus. Nasceu grandão, brancão e comilão! Com o passar dos dias tivemos o privilégio de sermos completamente alterados em nossa rotina, valores, prioridades etc. com a graça e brilho de nosso Filho! Aprendemos a lidar com refluxo, cólicas, febres, fraldas... Aprendemos a rir de pequenas coisas novas, novas expressões, novos olhares, novas reações etc. Desde então, todas as descobertas nos dá a sensação do novo entrando em nossas vidas. As afirmações: "pai"; "dá"; "não"; "é minha"; "irigui"; "mamãe"; "dedé"; "vovó" e etc foram chegando e quase todas elas sem ensinarmos!
Com uma personalidade forte e um carinho e apego estonteante, nosso filho cresce!
Hoje Celebramos seu aniversário, rodeados e amigos e familiares, e com o sentimento de que faltaram muitos amigos e parentes ainda!

Deus, ensina-me a contar os segundos com meu filho. Que seja todos eles eternos, profundos, marcantes e duradouros. Que em meu olhar ele sempre tenha carinho, amor, parceria, educação, referência e se possível orgulho!
Surpreendente é a palavra que dou para este momento!
Plena Gratidão é o sentimento que tenho agora!
Devoção é o que quero lhe oferecer!
Obrigado é o que tenho a dizer.
Obrigado!

Parabéns meu filho!

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Deixa eu viver a boa nova!



Ouvindo e pensando sobre a letra desta música da banda Palavrantiga, fiquei atônito com a simples afirmação: Deixa eu viver a Boa Nova!
Parece tão óbvio, parece tão simples e comum... ao final vi que só parece!
A Boa Nova (Evangelho) que nos chegou por Jesus (Mc. 1.1) em sua vida e em sua mensagem é tão Nova, e tão diferente que precisava ser fragmentada em pequenas doses, a ponto de poder ser por nós digerida!
Nos escritos dos evangelistas, vamos ver estas porções de Boa Nova, sendo derramadas no povo e no contexto da palestina e só podendo ser descrita pelos milagres fantásticos que ela realizava. Dentre estes os mais poderosos, era o rompimento da maldição da religião para com os pobres, doentes, e malditos de qualquer espécie.
O brilho do evangelho se alastrava a ponto de Jesus não poder mais andar ou ficar no meio das pessoas, precisava de barcos e falava neles nas praias.

Um amor que rompe todas as separações naturais e sobrenaturais para se materializar e encanar em um rosto, em pegadas, em toques e em palavras... Não dá para esconder!
É Tão diferente, tão extravagante, tão louco que nos é preciso fé para sentir, viver e compartilhar deste Evangelho!
Na primeira vez que formos atribulados por uma tempestade (Mc. 6.45...) vamos nos sentir sozinhos! Mais ele está lá! A Boa Nova está lá... para aqueles que crerem e terem bom ânimo para continuar a caminhar e remar!

Deixa eu viver a boa nova, digo para mim mesmo, que incansavelmente me submeto as opressões e limitações da minha mente e credulidade...
Deixa eu viver a boa nova, digo para mim mesmo, quando não consigo experimentar de paz e descanso dessa boa nova...
Deixa eu viver a boa nova, digo para todos aqueles, que de alguma maneira tentam me enclausurar em suas estruturas mesquinhas e opressoras...
Deixa eu viver a boa nova, digo para todos aqueles, que há minha volta mantém o discurso e a dinâmica de um sistema manipulador, opressor, corrupto, malicioso e que detesta o pensar!
Deixa eu viver a boa nova. Ela veio para os que estavam cansados e oprimidos, àqueles que sem pai, ansiavam pela chance de chamar: Pai Nosso.
Deixa eu viver a boa nova. A graça que me alcança também me dá condições de levá-la aos que cruzam o meu caminho e sem esperança já caminham a mendigar!

Deixa eu viver a boa nova!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Entre o Convento e o Mundo

Houve na história cristã um grande momento quando os cristãos criaram os monastérios, o primeiro foi criado por um monge chamado Bento de Núrsia.
O princípio era a partir de um pensamento muito interessante: o tempo dedicado à busca de Deus em orações e leitura da palavra e a separação do "mundo" materializado nas cidades, proporcionaria um ambiente perfeito para uma vida ungida e separada para glória de Deus. O entendimento era de que assim se poderia ouvir melhor a voz de Deus e por assim ser, servir melhor, se santificar com mais propriedade.
Possivelmente, foi a partir daqui que as cidades, ajuntamento de pessoas nas praças, ou lugares que não fossem templos, começaram a ser rotulados de mundanos, profanos e sem presença de Deus. Ao contrário, lugares distantes a estes, ou diferentes destes eram sagrados 'per si' e por assim dizer, eram santos e consagrados, capazes de fazer com os que estivessem ali fossem santos já por estarem ali, terem as roupas dali, falarem o linguajar do monastério e o corte de cabelo do monastério. Entre o convento (monastério) e o mundo estava fixado as determinações de presença e não presença do sagrado, do santo, e da santidade.
É interessante perceber que muitos anos antes disso, o nome pelo qual o cristianismo se sustenta, afirmou com ênfase e repetições que não é que se come, ou como se come, que nos torna puros (Mat. 15.18-20). Também fez distinções entre vestuários e posturas de santidade e oração, como o fariseu e o publicano no templo, ou simplesmente nos ensinamentos sobre a oração Mat. 6.
Quando em sua morte e ressurreição o véu do templo se rasga, as separações entre sagrado e profano se esvaem e não se tem mais condições de rotular puramente no lugar, na roupa, ou coisas do tipo o que é por si, sagrado e profano.

Entre o convento e o mundo o que realmente vale é a disposição do coração e a busca aplicada a viver no seguimento de Jesus, levando em conta seus ensinamentos e buscando com o obediência sua palavra e exemplo. Afinal, como afirma assertivamente Dietrich Bonhoeffer no seu livro Discipulado: "o obediente é o que realmente crê".
A partir disto, podemos estar dentro de conventos, igrejas, templos e rodas de conversas com palavreados santos: " A paz do Senhor Varão" e outros. Mas, se com nosso coração estamos distantes disso ou simplesmente desobedientes em características simples do evangelho, este estar não significa necessariamente a presença de Deus, manifestação dele ou qualquer tipo de santidade.
Pensemos bem, se nosso coração, mente e disposição estão voltados realmente ao Senhor e se nossa prática demonstra a obediência e crença na palavra e pessoa de Cristo.
O convento e o mundo não vão fazer muita diferença...
Pensemos..