quarta-feira, 30 de junho de 2010

Das Trevas para uma Luz Virtual

Podemos dizer que tudo começou quando nas sombras das postulações de Lutero, o homem, desejava livrar-se das trevas. A possibilidade de se libertar das amarras da Igreja Romana através da razão trouxe ao ego do homem medieval o sabor da liberdade. Foi possível sentir no corpo e saborear na mente às chances primárias de poder responder a perguntas, das mais simples, às mais complexas sobre o mundo e sobre si próprio, a partir do conhecimento adquirido ou da razão que deveria trazer respostas.
Através de Kant (Filósofo do final do século XVIII) o homem começava a trilhar pela autonomia, que segundo esse pensador libertaria o homem do cativeiro imaturo que o próprio homem criou. Observando a etimologia da palavra da para se perceber os desejos daquela geração já moderna, a palavra vem de duas outras gregas "auto" que significa=si próprio; e "nomos" que seria=lei. Segundo Tillich, autonomia então seria ser lei para si própria". (TILLICH, 2004 p.56)
Essa é uma das características mais fortes do iluminismo e que levou o homem a modernidade  com o anceio de sair dos cativeiros das trevas e libertar-se sendo lei para si próprio. Segundo Simmel, o homem não deixava mais ser legislado e organizado pela comunidade (igreja, família etc.) de outrora, buscando com força a liberdade...
A era moderna vem e com ela a explosão das cidades e a urbanização do Ser Urbano, que agora vai agregar os valores apreendido do iluminismo à nova dinâmica da vida urbana, com suas particularidades. Observando o contexto atual, e a realidade do indivíduo urbano hoje, podemos perceber que as características que identificavam esse homem na modernidade que eram: Anonimato (o estar no meio da multidão e não ser reconhecido) trouxe a sensação de liberdade de opinião e posturas; a Indiferença (o estar perto dos outros, mas não significar proximidade com o mesmo); por último e não menos importante a Alienação (que é o indivíduo alienado do mundo em volta e preso dentro do seu). Hoje essas características não foram superadas e não por isso muitos chamam nossa era de hiper-moderna, justamente por haver intensificação dessas características.
Fica claro, que o homem buscou sair das trevas e conseguiu uma luz que hoje é a virtualidade das relações e dos relacionamentos. Suas angústias hoje estão voltadas às prisões do stress e da solidão que se amontoam no homem contemporâneo. Sentir-se só no meio de milhares on line, leva este homem a buscar qualquer um, ou algo, que possa satisfazer essa angústia.
As trevas que aprisionavam o pensamento, gritou por luz e liberdade! As luz vinda de nossas relações virtuais, faz os homens gritarem por gente, vida, verdade e tudo o que seja real.

Pensar é sempre preciso, ser sábio é necessário!
Joaze Lima, Pr.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Porque Deus ama quem dá com alegria?

Esse é o final do versículo 7 no capítulo 9 da segunda carta aos Coríntios do apóstolo Paulo. Mas a pergunta continua bem atônita e latente: Por que Deus ama a quem dá com alegria?
Bem, podemos começar entendendo que na maioria das vezes as pessoas estão mais dispostas a trocar do que dar! Em grande parte dessas relações sempre que alguém dá algo a outrem, sempre fica na espera do que virá em resposta, ou troca, àquela atitude inicial. Quem troca até está pensando no outro, mas não deixa de pensar em si. O apóstolo Paulo também percebe essa circunstância e adverte algumas palavras antes do fechamento do versículo dizendo: “ninguém contribua [...] por necessidade”. Ele está dizendo que quem o faz, está idealizando uma troca ao dizimar ao Senhor! Ele dá, pois tem uma necessidade e acredita que Deus não vai ser “deselegante” (nome que damos a alguém que não retribui) para não devolver ou trocar, sanando aquela necessidade.
A partir disso, podemos olhar então o brilho e a graça de um doador. A dádiva vai mostrar alguém que doa sem esperar e sem querer em troca. A julgar pelos padrões em que vivemos a pura dádiva não compensa, não é vantajosa.
Mas o que chama atenção para o amor divino a quem Dá com Alegria. É que a pura dádiva é na verdade um dar de Si Mesmo. Quem dá com alegria está dando de si para outro. É o desejo de auto-sacrificar para benefício de outro. Então, agora podemos perceber o porquê, que Deus ama quem dá com alegria, pois quem oferta/dizima com alegria está na verdade, dando de si mesmo para Deus, para o sustento da obra, da igreja etc. Esse tipo de pessoa pode até ter suas necessidades, mas esse não é o motivo ao qual ela vai dar, ela dá porque acha natural fazê-lo. Lembro agora do filme Forrest Gump, onde o ator principal depois de ser atacado na guerra e sobreviver, começa a voltar para a zona de combate atrás de seu amigo “Buba” e encontra outros no caminho; Seu compromisso era com o Buba, com o qual, tinha prometido ajuda e companheirismo, mas ao encontrar outros ele os pegava levava até o helicóptero e retornava para o mato, mesmo recebendo ordens expressas de seu superior para não ir. Ele resgatou vários e por último ele encontra o Buba que já está desfalecendo e cumpre o que prometeu, indo até comprar um barco e pescar, promessa feita com seu amigo antes da guerra. A atitude do Forrest mostra alguém que dá sua vida, como se fosse algo mais natural do mundo, sem medir esforços nem esperar algo em troca.
Olhando por este lado, é bom demais Amar quem dá com alegria!
Estamos precisando de mais Forrest´s, e mais pessoas que dão com alegria! Para estas a amizade, o amor, o outro e Deus são prioridades!

Joaze Lima, Pr.

No ar!

Depois de um tempo sabático de descanso! Estamos de volta!

Que o Pai das Luzes, ilumine nossos caminhos, nossas mentes, nossos corações!
Que o Pai do Amor, aqueça nossos abraços, nossas ações, nossos olhares!
Que o Pai da Santidade, ache espaço em nossas vidas, em nossas atitudes!
Que Deus seja Senhor!
Grande Abraço,
Joaze Lima, Pr.