domingo, 25 de julho de 2010

Pai nosso diferenciado!!!


Pai nosso, que estais nos céus,
Comercializado seja o vosso Nome.
Venha a nós muito dinheiro.
Seja feita a nossa vontade:
Mansões na terra e um lar no céu.

O milhão nosso de cada dia, nos dai hoje.
Perdoai as nossas sonegações,
Assim como nós as cobramos dos nossos devedores.
Não nos deixeis cair em nossas armações,
Mas livrai-nos da fiscalização.

Porque este reino, e este poder,
São a nossa glória para sempre.
Amém.


Por Levi B. Santos [via Inteligência Espiritual]
retirado do site: jasielbotelho.com.br

Não precisa ser Empresário para orar assim, basta usar Cristo e a Fé como meios para prosperidade. Cuidado!
Joaze Lima, Pr 

domingo, 18 de julho de 2010

A parábola da bola

Os dez homens importantes sentados ao redor da bola discutiam acaloradamente:
– A bola é grená, disse um.
– Claro que não, a bola é bordô, retrucou outro em tom raivoso.

Todos estavam fascinados pela beleza da bola e tentavam discernir a cor da bola. Cada um apresentava seu argumento tentando convencer os demais, acreditando que sabia qual era a cor da bola. A bola, no centro da sala, calada sob um raio de sol que entrava pela janela, enchia a sala de uma luminosidade agradável que deixava o ambiente ainda mais aconchegante, exceto para aqueles dez homens importantes, que se ocupavam em defender seus pontos de vista.

– Você é cego?, ecoou pela sala gerando um silêncio que parecia ter sido combinado entre os outros nove homens importantes. Era até engraçado de observar a discussão – na verdade era trágico, mas parecia cômico. Todos os dez homens importantes usavam óculos escuros, cada um com uma lente diferente. Talvez por causa dos óculos pesados que usavam, um deles gritou “você é cego?”, pois pareciam mesmo cegos.

Depois do susto, a discussão recomeçou. O sujeito que acreditava que a bola era cor de vinho debatia com o que enxergava a bola alaranjada, mas um não ouvia o que o outro dizia, pois cada um usava o tempo em que o outro estava falando para pensar em novos argumentos para justificar sua verdade. Aos poucos, a discussão deixou de ser a respeito da cor da bola, e passou a ser uma troca de opiniões e afirmações contundentes a respeito das supostas cores da bola. A partir de um determinado momento que ninguém saberia dizer ao certo quando, os dez homens tiraram os olhos da bola e passaram a refutar uns ao outros. Em vez de sugestões do tipo: – A bola é vermelha, todos se precipitavam em listar razões porque a bola não era grená, nem cor de vinho, nem mesmo alaranjada.

De repente, alguém gritou: – Ei pessoal, onde está a bola? Todos pararam de falar – estavam todos falando ao mesmo tempo, e foi então que perceberam um alarido parecido com aquelas gargalhadas gostosas que as crianças dão quando sentem cócegas. Correram para a janela e viram uma criançada brincando com a bola, que parecia feliz sendo jogada de mão em mão. Ficaram enfurecidos com tamanho desrespeito com a bola. Ficaram também muito contrariados com a bola, que parecia tão feliz, mas não tiveram coragem de admitir, afinal, a bola, era a bola.

Lá fora, sem dar a mínima para os dez homens importantes, estavam as crianças brincando e se divertindo a valer com a bola que os dez homens importantes pensavam que era deles. E nenhuma das crianças sabia qual era a cor da bola.
Autor: Ed Rene Kivitz - retirado do site:http://outraespiritualidade.blogspot.com/

domingo, 11 de julho de 2010

Minha Vida: Meu trampolim para o Sucesso

Muitas pessoas têm nessa frase, sua filosofia de Vida, e através disso vão permear toda a rotina de suas vidas. Sempre buscando algo por traz das realidades que vivem, tentam dar respostas que não tem para suas frustrações, tentam achar sentido para circunstâncias sem sentido algum. Tudo então é intermediário e deve ser tratado como tal, pois devo chegar a um lugar melhor, devo um dia ter um casamento melhor, um trabalho que sonhei, o reconhecimento que almejei e coisas desse tipo.
O autor de Eclesiastes parece que pega essa esperança e joga fora com toda franqueza que ele pode. Ao dizer que tudo não tem sentido algum! O melhor trabalho que almejamos pode vir quando já não tenhamos mais, condições de desfrutar! Os resultados podem chegar tarde demais, ou simplesmente não chegar! O que esperamos pode não chegar e passamos então toda a nossa vida esperando! Fomos prudentes e sensatos esperando que fossemos reconhecidos por tal façanha, mas isso não vai fazer diferença! Fala-se mais dos que aprontam com sua insensatez dos que daqueles que agiram com sabedoria. São mais lembrados os que agiram com crueldade do que aqueles que com sabedoria trataram bem aqueles que o rodeavam.
13percebi que a sabedoria é melhor que a insensatez, assim como a luz é melhor que as trevas. 14 o homem sábio tem olhos que enxergam, mas o tolo anda nas trevas; todavia, percebi que ambos têm o mesmo destino” (Ecles. 2.13,14)
Salomão procurou algo aqui na terra, debaixo do Sol, que fizesse sentido e fizesse a vida valer a pena (2.3). E por alguns instantes parece ter achado, mas de forma simplista, então o que será que ele quis dizer com:
Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe com coração contente o teu vinho, pois já Deus se agrada das tuas obras. Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça. Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias da tua vida vã, os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade; porque esta é a tua porção nesta vida, e no teu trabalho, que tu fizeste debaixo do sol. Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.”

Salomão nos alerta nesses pequenos versos a algo que temos o costume de fazer, achando que salvamos nossas vidas, mas que, ao contrário, a perdemos. Usar de nossa vida como trampolim para o Sucesso. Podemos dizer que temos uma mania utilitarista da vida, dando a ela um sentido de custo benefício, sempre utilizando para “possíveis” bem maiores e futuros. Isso porque queremos entender e saber a razão de todas as coisas. Acostumamos a dar resultados lógicos para os acontecimentos da vida. Desde os primórdios das religiões, estar passando por dificuldade é sinal de maldição ou ira divina contra sua vida. No cotidiano se entende que se somos pobres ou algo nos falta é por nossa culpa, e se fizéssemos diferente não estaríamos nessa situação. Sempre nos remetendo a idéia que tem algo além ou superior a nossa vida e realidade que deve ser buscado com intensidade. Nessa busca e espera pelo amanhã esquecemos do hoje, do agora e isso o Eclesiastes nos condena com franqueza: É pura Vaidade, é correr atrás do vento!
É vaidade, pois nessa angústia de algo melhor, nunca damos valor ao que temos! O ser humano nunca está satisfeito e isso não é de todo ruim, mas ao mesmo tempo não aprendemos a dar valor para o Hoje, para o Momento, esperando sempre uma alegria que virá, não percebendo numa alegria que já está ao nosso lado. Apreender a saborear cada momento da vida é o que devemos apreender com esse texto do Eclesiastes.
vai e come teu pão com alegria” – o maior prazer que temos é enquanto comemos, pois depois não temos mais prazer até ter fome de novo. Costumamos a achar que o prazer vem depois da refeição, mas não o sabor só dura enquanto degustamos aquele saboroso prato. A arte culinária de deixar as comidas embelezadas só tem valor se tivermos a percepção de observar antes e durante o comer, se não perdeu-se o sentido. A graça de comer, não é o depois é o durante, é o estar com amigos! A festa da ceia é enquanto ceiamos e comemos, pois depois estamos satisfeitos e vamos cada um para sua casa. Esperar por algum momento mágico posterior à comida, parece até uma atitude tola. Esperar acabar de comer para agradecer, é insensato e ingrato. Agradecer o pão, e saboreá-lo da melhor maneira possível, é perceber que: “O pão nosso de cada dia o Senhor nos DÁ HOJE” Precisamos agradecer, pois isso é espiritualidade, isso é FÉ, pois entendemos que vem da mão de Deus, é um presente de Deus(3.13). A alegria do pão não é depois é enquanto, é durante!
goza a vida com a mulher que amas durante teus passageiros dias da vida” – ao mesmo tempo que fazemos de nossas vidas como um trampolim para o Sucesso, algo futuro melhor; fazemos isso também com as pessoas com quem nos relacionamos e vivemos. É muito complexo ter amigos hoje, pois nossas relações estão pautadas no que isso me será útil. Mas do que nunca gostamos de ter amigos que trabalham na lotérica pois assim, podemos utilizar dele ao pagar nossas contas. Meus amigos me servem de forma útil para um prazer ou alegria futuro.  Nos casamos, para termos uma vida feliz, afinal, aquele ou aquela que está casada conosco, irá nos servir e nos fazer feliz. Deus está vendo o quanto eu sofro com este Homem, com Esta Mulher, e HÁ de me recompensar pelo que estou passando! Ele deve estar querendo me ensinar alguma coisa. Imagina essa pessoa chegando diante de Deus e dizendo: “Senhor! O que o senhor queria com meu casamento? ELE dirá NADA: é um casamento! Senhor, o que o senhor queria me ensinar, qual era o premio por aturar tanto tempo? NADA, é só um casamento, um alguém para viver, nada mais do que isso”. Precisamos de forma urgente entender que a FELICIDADE não é no depois é no DURANTE, durante, durante! Depois que o Senhor fizer o milagre em mim, SEREI FELIZ! Depois que conseguirmos adquirir nossa casa, seremos felizes... etc. Alguém já disse que mais importante do que o destino é o trajeto! Aprenda a desfrutar das paisagens que passa DURANTE a viagem, pois é isso que faz a viagem valer a pena!
na verdade, eu me alegrei em todo meu trabalho (2.10)” – em nosso último encontro, discutimos bastante as frustrações que Salomão esboçou com relação ao trabalho. Mas isso estava relacionado a quando trabalhamos por um salário, quando de novo, usamos do trabalho para um “bem” financeiro ao final de cada mês! O texto de Eclesiastes 5.19 diz: “E, quando Deus concede riquezas e bens a alguém, e o capacita a desfrutá-los, a aceitar a sua sorte e a ser feliz em seu trabalho, isso é um presente de Deus.” – É interessante e importante observamos duas coisas aqui:
1.      Deus concede riquezas e bens a alguém – A palavra de Deus diz em outro texto no livro de romanos que: “Pois Dele, por Ele, e para ele são todas as coisas” (Rm. 11.36). Entender que todas as coisas vem de Deus, pode nos libertar do peso da culpa, do trabalho e de uma viciosa vontade de fazer a todo custo algo dar certo ou sermos reconhecidos e vitoriosos. Pois Dele – Todas as coisas vem de Deus, isso não quer dizer que não precisamos fazer e ele nos dará em nosso colo, isso quer dizer que se temos algo conquistado por nós, saiba que Deus está nesse processo, te sustentando e dando condições de chegar aí(Do contrário ficaremos fadigados 2.23). Por ELE – em Deus conseguimos proezas, sentir-se guiado, protegido e capacitado por Deus para o nosso trabalho nos faz ter uma leveza para trabalhar e podermos dormir tranqüilo que Deus em nós, nos fará realizar com excelência nossas obrigações. Ele merece glória e louvor.
2.      Ser feliz EM (DURANTE) seu trabalho (Tudo o que estiver a mão para fazer, faça com todas as todas as tuas forças 9.10). – Não devemos trabalhar somente pelo salários, recompensas e promoções. Temos que trabalhar para SERMOS FELIZES EM nosso trabalho, ao finalizar um feito, podermos nos sentir satisfeitos e felizes com o fruto do nosso suor! Isso faz o trabalho valer a pena, isso faz diferença. Tem trabalhos que as pessoas não percebem se estamos fazendo de maneira debochada ou não, mas nós sabemos! Saiba que parte do seu trabalho é você mesmo! Quando dizemos o que fazemos, dizemos quem SOMOS! O resultado do meu trabalho, independente de salário ou não deve me dar prazer, mostrar minha utilidade e singularidade. Trabalhamos por que precisamos do Dinheiro, mas precisamos nos sentir úteis, capazes e sabermos que somos únicos. TUDO que estiver a mão para fazer, também não diz somente com relação ao trabalho para sustento, mas para coisas que podemos fazer como voluntários que também dão significado em nossas vidas e mais, transformam a vida de pessoas à nossa volta. Uma vida egoísta nesse sentido, não terá prazer!

O viver, o comer, o beber e o tempo com pessoas que amamos além de vermos o fruto de trabalho é recompensa para nossa vida, isso é viver! O resto é Lucro!
QUANDO APRENDEMOS A VIVER, A PRÓPRIA VIDA É A RECOMPENSA (H.Kushner)

Bibliografia
KIVITZ, Ed Rene. O Livro mais mal-humorado da Bíblia. São Paulo: Mundo Cristão, 2009
KUSHNER, Harold. Quando Tudo não é o Bastante. São Paulo: Nobel, 1988