
Há alguns dias ouvi algo parecido sobre a Comunidade ser o lugar onde nos sentimos Gente. Sobre a comunidade ser um organismo propagador de humanidade, de autonomia, de identidade e de co-responsabilidade.
A primeira impressão é realmente procurar à nossa volta algo ou algum lugar onde exista de fato essa comunidade. Ao procurar a sensação é de angústia pois na comunidade do trabalho o que eles querem é o que podemos fazer, o que sabemos fazer, o que podemos trazer de ganho ou benefício para àquela empresa. E não adianta, todos nós estamos ligados a esse tipo de comunidade, onde o que temos em comum com o próximo é o lucro que geramos; pior é saber que na maioria esmagadora esse lucro que ajudamos a ganhar passa bem longe de nós.
Na comunidade do bairro ou município, somos um morador ou contribuinte. O que temos em comum é a utopia de fazer do nosso ambiente algo melhor para morar. Contanto que cada um cuide de sua calçada, da árvore no quintal para que não suje o terreno do vizinho ou caia no telhado; nossa presença ali será boa, e com certeza seremos bons vizinhos.
Antes que ficasse aflito, vêem à mente um lugar onde não somos chamados de trabalhadores, colabores, vizinho, munícipe etc. Somos chamados de Amigos! Esse lugar é a Igreja!! Esse era o plano de Deus, e perdemos muito quando distorcemos o que é, e o que deve ser Igreja!!
Partindo do princípio que a igreja é a comunidade daqueles que como Pedro (Mat. 16.16-18) receberam a revelação do Pai, que Cristo é nossa salvação e esperança; Cristo é a esperança da Glória, a primícia da Criação; ele é o Deus na Terra, o Pai conosco, o ícone do soberano Deus, onde podemos encontrar com o Pai.
Agora esses que receberam essa revelação fazem parte da Igreja. Comunidade de pessoas que descobriram no Cristo, o Deus conosco. É na igreja, que podemos partilhar de uma comunidade onde somos chamados de amigos, onde o que importa é nossa presença, o que deseja-se é o compartilhar de alegrias, sorrisos, choro, lutas e vitórias. No andar da vida, descobrir-se no outro e o outro poder ver em nós parte Dele, assim o que temos em Comum é sempre o próximo, o que temos em comum é Deus no próximo, o próximo em Deus.
A comunhão do homem do Deus só pode ser materializada no amor ao Próximo. Essa sintonia vitalizada pela ação do Espírito de Deus trás: Vida e Força. Nesse processo nos tornamos semelhantes, nos tornamos GENTE, nos tornamos AMIGOS.
Através do amor, requerido por Deus, é gerado uma nova sociedade, é gerado um lugar onde somos gente. O amor é o pilar dessa comunidade, pois é a nova relação humana.
Cada um só pode dar o que tem!
Em Cristo,