quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O remendo da Parede

Ao entrar no banheiro em minha casa, quase não percebo mais aquela mancha acinzentada de cimento em volta da válvula de descarga, em pleno dês-contraste com o restante do banheiro em azulejo com cor voltado para palha. Depois de longos pedidos, chamei o encanador que precisou quebrar em volta da antiga válvula para poder trocar àquela que estava quebrada com os canos enferrujados. O remendo na parede era horrível, e chamava muita atenção, a massa de cimento usada por ele para tampar o buraco, chamava mais atenção do que todas as outras coisas do banheiro, mas afirmação era imediata: é por pouco tempo, vamos atrás de consertar logo tudo para não ficar pela metade.
Hoje meses depois do primeiro concerto e com aquela mancha que já faz parte da decoração do banheiro, me fez lembrar que essa particularidade está comumente presente em outras partes de nossa existência. Quantas vezes percebemos falhas de caráter, detalhes de condutas, vícios esquisitos que começamos com muita empolgação a mudar e no início o remendo é o sinal feio de que existe mudança e queremos mudar. No entanto, assim como é difícil achar um azulejo que seja parecido com um antigo para colocar na parede e não dar muita diferença, é difícil continuar uma mudança! É difícil continuar tratando falhas e caráter, incomoda tanto que é mais cômodo ficar com o remendo e o conserto pela metade. Acostumamos-nos com o ponto em que chegamos e o remendo, o começo de mudança mal acabado, já faz parte da decoração da nossa vida. Coisas realmente difíceis, não mudamos apenas remendamos!
O remendo é o ponto perigoso da reforma, pois não é ruim como estava e não é o que pode ficar, mas quebra um galho... Cuidemos pois rapidamente nos acostumamos com o remendo e poucas vezes fazemos algo de concreto e acabado com o qual podemos nos orgulhar!

“Aquele que põe a mão no arrado e olha para trás não é digno do fruto do seu trabalho”(grifo nosso)

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